O design e o desempenho (diferencial) do capitalismo
Palavras-chave:
Design, Capitalismo, Desempenho, Desvio, ProjetoResumo
O presente artigo propõe-se a pensar como as práticas de design proporcionam possibilidades para capturar os diferentes desempenhos do capitalismo. Inicio relembrando o processo de concretização do design contemporâneo, que teve sua gênese na Revolução Industrial. Esta seção busca articular os contrastes da formação histórica do design como disciplina e minha pesquisa de campo, que consistiu no esforço de um sociólogo em transformar-se em aluno em uma disciplina de projeto de tecnologias assistivas em um curso de graduação em design. Em seguida a tarefa será desdobrar como o pensamento projetual excede a dimensão mercadológica, ao compor o mundo por meio da conexão entre diversos materiais e pessoas.
Referências
AKRICH, Madeleine. The De-Scription of Technical Objects. In: BIJKER, Wiebe E. & LAW, John. Shaping technology/building society: studies in sociotechnical change. Massachusetts: The MIT Press, 1992.
BERSCH, Rita. Introdução à tecnologia assistiva. Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil [CEDI]. pp. 1-19, 2008.
BONSIEPE, Gui. A tecnologia da tecnologia. São Paulo: Edgard Blücher, 1983.
CARDOSO, Rafael. Uma Introdução a História do Design. São Paulo: Editora Edgar Blücher, 2004.
CASTELFRANCHI, Yurij & FERNANDES, Victor. Teoria crítica da tecnologia e cidadania tecnocientífica: resistência, “insistência” e hacking. Revista de Filosofia Aurora, Curitiba, v. 27, n. 40, p. 167-196, jan./abr. 2015.
CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: Artes de fazer Vol 1. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.
CRIADO, Tómas Sánchez. ¿Una vida fuera de catálogo? La transformación colaborativa del mercado de ayudas técnicas. Disponível em: <http://tscriado.org/2014/06/20/una-vida-fuera-de-catalogo-la-transformacion-colaborativa-del-mercado-de-ayudas-tecnicas/>. Acesso em: 15 mar. 2018.
DELEUZE, Gilles & GUATTARI, Félix. O anti-Édipo: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2010.
FORTY, Adrian. Objetos de desejo: design desde 1750. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
INGOLD, Tim. Da transmissão de representações à educação da atenção. Educação. Porto Alegre, v. 33, n. 1, pp. 6-25, 2010.
______________. The Perception of the User–Producer. In: GUNN, Wendy; DONAVAN, Jared (Ed). Design and Anthropology. Inglaterra: Ashgate Publishing Limited, 2012.
LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: Transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até a nossa época. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
LATOUR, Bruno. La tecnologia es la sociedade hecha para que dure. In: DOMÈNECH, Miquel & TIRADO, Francisco Javier. Sociologia Simétrica: ensayos sobre ciencia, tecnologia y sociedad. Barcelona: Editorial Gedisa, 1998.
LEONARD, Annie. A história das coisas. Da natureza ao lixo, o que acontece com tudo que consumimos. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 2011.
LIPOVETSKY, Gilles & SERROY, Jean. A estetização do mundo: viver na era do capitalismo artista. São Paulo: Companhia das letras, 2015.
MASSUMI, Brian. O capital (se) move. São Paulo: N-1 Edições, 2016.
MATIAS, Iraldo Alberto Alves. Projeto e revolução: do fetichismo à gestão, uma crítica à teoria do design. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2014.
MATIAS, Iraldo Alberto Alves. Projeto e revolução: do fetichismo à gestão, uma crítica à teoria do design. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2014.
NORMAN, Donald A. O design do dia-a-dia. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.
OROZA, Ernesto. Catálogo da exposição Desobediência Tecnológica. Recife, 2015. Disponível em: <http://museo.com.br/catalogodesobedienciatecnologica.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2018.
PAPANEK, Victor. Arquitetura e Design: ecologia e ética. Lisboa: Edições 70, 1995.
_________________. Design for the real world: Human ecology and social change. London: Thames & Hudson, 2006.
PIGNARRE, Philippe & STENGERS, Isabelle. La sorcellerie capitaliste: pratiques de désenvoûtement. Paris: Éditions La Découverte, 2005.
PIGNARRE, Philippe & STENGERS, Isabelle. Capitalist Sorcery: breaking the spell. London: Palgrave Macmillan, 2011.
SAHLINS, Marshall. Stone Age Economics. Chicago: Aldine • Atherton, Inc, 1972.
SCHNEIDER, Beat. Design – uma introdução: o design no contexto social, cultural e econômico. São Paulo: Editora Blücher, 2010.
SIMONDON, Gilbert. El modo de existencia de los objetos técnicos. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2007.
_________________. Sur la technique (1953-1983). Paris: Presses Universitaires de France, 2014.
SLADE, Gilles. Made to break: technology and obsolescence in America. Cambridge: Harvard University Press, 2006.
TARDE, Gabriel. Monadologia e sociologia e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A PROA: Revista de Antropologia e Arte utiliza a licença Creative Commons (CC), preservando a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto. A revista permite que a pessoa autora retenha os direitos de publicação sem restrições.