Eletricitários: toda energia é pouca
Resumo
Em 13 de maio de 1959, ao completar 100 dias de governo, Leonel Brizola estatizou a Companhia Energia Elétrica Riograndense (CEERG). Alguns estudiosos abordam este episódio como uma ação que ilustra o perfil populista do então governador Leonel Brizola. Ao analisar em detalhes a estatização da CEERG constata-se, com uma certa facilidade, que a estatização foi um processo socialmente construído ao longo dos anos. Este processo foi dinamizado por diferentes sujeitos sociais: consumidores, trabalhadores do setor de energia elétrica, parlamentares, Estado, etc. Para este último, além dos aspectos políticos, a estatização era algo indispensável para viabilizar economicamente a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE); para os consumidores, significava a possibilidade de redução das tarifas e melhoria na prestação dos serviços, etc. O Sindicato dos trabalhadores nas Indústrias de Energia Termo-Elétrica e da Produção de Gás de Porto Alegre foi um ator fundamental para mobilizar a opinião pública e para fornecer argumentos legais que respaldaram juridicamente o ato de encampação. Além disso, a luta pela estatização da CEERG possibilitou uma verdadeira expansão da representatividade do sindicato, que no período tornou-se um sindicato de âmbito estadual.Downloads
Publicado
2010-09-02
Como Citar
Santos, J. M. P. dos. (2010). Eletricitários: toda energia é pouca. Cadernos AEL, 11(20/21). Recuperado de https://ojs.ifch.unicamp.br/index.php/ael/article/view/2536
Edição
Seção
Artigos