O direito ao nome do pai

uma perspectiva histórica sobre os esforços do Estado para combater o estigma da filiação ilegítima no Brasil

Autores

  • Sueann Caulfield Universidade de Michigan

Resumo

Este artigo analisa como a garantia da dignidade da pessoa humana na Constituição Brasileira de 1988 influenciou o direito e as políticas de família, particularmente o direito das crianças ao reconhecimento paterno. Examina a história dos debates legais sobre filiação ilegítima e “direitos familiares” a partir do século XIX, descrevendo os debates jurídicos sobre como a justica
brasileira pode e deve interferir nos casos que envolvam relações familiares náo reconhecidas legalmente (em primeiro lugar, o
concubinato, na década de 1940; depois, meio século mais tarde, “uniões homoafetivas” ou unides entre pessoas do mesmo sexo). O artigo descreve as mudancas implementadas pela Constituição de 1988, a qual eliminou a categoria de filiação ilegítima no Direito de Familia, e analisa um programa estatal contemporâneo que visa promover a “paternidade responsável”. O texto argumenta que tanto esse programa quanto a Constituicáo refletem conflitos existentes sobre que tipos de familias merecem a proteção do Estado.

Biografia do Autor

Sueann Caulfield, Universidade de Michigan

Professora Associada de História da Universidade de Michigan.

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Publicado

2012-05-09

Como Citar

Caulfield, S. (2012). O direito ao nome do pai: uma perspectiva histórica sobre os esforços do Estado para combater o estigma da filiação ilegítima no Brasil . Cadernos AEL, 18(30), 151–204. Recuperado de https://ojs.ifch.unicamp.br/index.php/ael/article/view/5334

Edição

Seção

Artigos