Disputando o Corpo do Mestre: Tian (天) nos Analectos
Disputing About the Master’s Body: Tian (天) in the Analects
Resumo
Confúcio foi definido por diferentes estudiosos como um a-theist (Ames, 2009), possivelmente um agnóstico (Rosemont, 2001), um teísta (Ching, 1993), ou mesmo um monoteísta (Guerra, 1979). Outros intérpretes defenderam que Confúcio seguiu uma religiosidade “secularizada” (Fingarette, 1972), ou que a noção de Tian em Confúcio, se por um lado foi “naturalizada” e “racionalizada”, manteve ainda vestígios do misticismo primitivo de uma divindade pessoal (Li, 2020). Neste texto resumiremos algumas destas diferentes posições, discutiremos algumas passagens relevantes dos Analectos na língua original, avaliaremos as diferentes posições com base em evidência textual. Por fim, argumentaremos que Confúcio, como descrito nos Analectos, pode ser mais precisamente compreendido como um teísta, que os textos usados em defesa de interpretações outras (agnosticismo/a-theism) não dão suporte a estas leituras, e que esta divindade pode ser entendida como sendo ética, pessoal e governando a história.
Palavras-chave: Confúcio; Analectos; agnosticismo; teísmo.
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