História Social: Anúncios

Dossiê Temático Revista História Social - 1º Semestre 2026

2025-10-15T14:43:15-03:00

DINÂMICAS DE GÊNERO, PRÁTICAS INTELECTUAIS E TRABALHO (AMÉRICA LATINA, SÉCULO XX)

Coordenadoras: Stella Gontijo (IEAT/UFMG); Mariana Adami (UNICAMP)

Este dossiê propõe reunir pesquisas voltadas à investigação das dinâmicas de gênero que atravessam o trabalho intelectual das mulheres em suas múltiplas dimensões, contemplando produções escritas, práticas educacionais e editoriais, produções visuais, fazeres artísticos, comunicações orais, dentre outras possibilidades de atuação intelectual feminina que resultem em produções que busquem sistematizar e difundir um conjunto de saberes e reflexões a partir de uma linguagem elaborada, dialogando com determinadas tradições a fim de encampar um projeto político, cultural e/ou intelectual - incluindo a sua forma de concepção, produção e circulação. Tradicionalmente a historiografia sobre intelectuais tem privilegiado o estudo de sujeitos masculinos. Almejamos, com este dossiê, provocar uma reflexão sobre as consolidadas definições de intelectual e debater em que medida elas são capazes de incluir as experiências, produções e especificidades da atuação das mulheres. Além disso, a atividade intelectual permaneceu por muito tempo ausente das discussões sobre os mundos do trabalho, em razão de sua frequente associação às elites. Todavia, sabemos que muitos estudos produzidos nos últimos anos têm contribuído para questionar essa afirmativa, demonstrando que muitos sujeitos, de variadas classes sociais, produziram e sobreviveram de suas produções.

Assim, serão bem-vindos textos que complexifiquem os olhares sobre o trabalho intelectual feminino na América Latina (incluído o Brasil), abordando diversas obras, práticas e projetos, de modo a compreender a experiência histórica destas mulheres, em diálogo com os conceitos de “produção douta” (Myers, 2016), de divisão sexual do trabalho e de profissionalização (Nery, 2024). Também encorajamos o envio de artigos que analisem os trânsitos no fazer intelectual de mulheres - entre territórios, formas de expressão, suportes artísticos, círculos de sociabilidades, redes intelectuais, instituições, espaços simbólicos -, pensando as oportunidades, tensões e disputas geradas pelo deslocamento entre múltiplas esferas. Receberemos, enfim, pesquisas que considerem a atividade intelectual feminina no século XX e os embates de gênero derivados desse processo.

Referenciais bibliográficos:

ALTAMIRANO, Carlos (org.). Historia de los intelectuales en América Latina (vol. 2). Buenos Aires: Katz, 2010.

COSTA, Adriane Vidal; MAÍZ, Cláudio. Introdução. Nas tramas da “cidade letrada”: sociabilidade dos intelectuais latino-americanos e as redes transnacionais. Belo Horizonte: Fino Traço, 2018. pp. 7-18.

DEVÉS-VALDÉS, Eduardo. Redes intelectuales en América Latina: Hacia la constitución de una comunidad intelectual. Santiago do Chile: Colección Idea; Segunda Epoca; Instituto de Estudios Avanzados; Universidad Santiago de Chile, 2007.

DINIZ, Marli, “Repensando a teoria da proletarização dos profissionais”. Tempo Social, São Paulo, vol. 10, nº 1, pp. 165-184, 1998.

GOMES, Ângela de Castro; HANSEN, Patrícia Santos (Orgs.). Intelectuais mediadores: práticas culturais e ação política. Civilização Brasileira: Rio de Janeiro, 2016.

MYERS, Jorge. “Músicas distantes. Algumas notas sobre a história intelectual hoje: horizontes velhos e novos, perspectivas que se abrem”. SÁ, Maria Elisa Noronha de (Org.). História intelectual latino-americana: itinerários, debates e perspectivas. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio, 2016.

NERY, Gabriela. Trabalhadores do jornal: organização e proletarização de repórteres e jornalistas no Rio de Janeiro, c.1870-1920. 2024. 1 recurso online (271 p.) Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP.

PRATT, Mary Louise. "No me interrumpas”: las mujeres y el ensayo latinoamericano. Debate Feminista, 21, 2000, pp. 70-88.

Prazos e Formato:

Prazo para envio: 14/12/2025.

Diretrizes para submissão: Disponíveis no site da revista.

Contato para dúvidas: rhs@unicamp.br

Adoção do fluxo contínuo como modelo de publicação

2025-09-05T16:22:35-03:00

A revista História Social (HS) passa a adotar, a partir do segundo semestre de 2025, o modelo de publicações em fluxo contínuo. Com isso, artigos livres e resenhas poderão ser enviados a qualquer momento. Apenas os artigos de dossiê precisarão ser enviados dentro dos prazos limites estipulados nos editais.

Os textos aprovados, sejam artigos do dossiê temático, da seção livre ou resenhas, serão publicados tão logo sua avaliação e editoração sejam concluídas, não sendo mais necessário aguardar o fechamento da edição completa.

A alteração tem por objetivo trazer maior celeridade ao processo editorial e traz benefícios sobretudo aos autores, evitando que textos aceitos e prontos para publicação precisem esperar pela conclusão dos outros.

Por fim, é importante destacar que a mudança atinge somente a submissão e a publicação dos textos aceitos, em nada modificando os prazos, as normas de submissão e os critérios de avaliação da revista.

EDITAL PARA PROPOSTAS DE DOSSIÊ REVISTA HISTÓRIA SOCIAL (HS)

2025-07-30T16:01:25-03:00

1. Critérios para candidatura

Cada proposta de dossiê deverá ser submetida por 2 a 3 coordenadores.

A titulação mínima exigida para proponentes é mestrando. No entanto, é obrigatório que pelo menos um(a) dos(as) coordenadores(as) seja doutorando (a) ou doutor (a).

2. Inscrição

As propostas de dossiês temáticos deverão ser encaminhadas para a Revista História Social exclusivamente pelo formulário, a ser preenchido por um dos proponentes com os dados de todos os coordenadores da proposta (nome completo, nível de formação, vinculação institucional, link do Currículo Lattes e uma mini bio).

No formulário, o texto da proposta deverá ser inserido como anexo, em arquivo no formato DOCX ou DOC.

3. Proposta

O arquivo da proposta deverá conter título, nome dos proponentes, resumo da proposta e lista de possíveis pareceristas em potencial.

O resumo da proposta deverá ter no máximo 300 palavras, com texto justificado, fonte Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento entre linhas 1,5 cm.

Este resumo deverá conter a apresentação da proposta, recorte espacial e temporal, objetivos, justificativa historiográfica e debater a relevância da temática dentro do escopo da revista.

Solicita-se também a indicação prévia de pelo menos 6 possíveis pareceristas em potencial para avaliarem os textos a serem submetidos a tal dossiê. É desejável para tais indicações que se considerem critérios de variedade institucional e regional, assim como de diversidade étnico-racial e de gênero entre os pareceristas em potencial. Para atuarem como pareceristas de artigos recebidos, a Revista História Social exige que seus pareceristas sejam pesquisadores especialistas na área explorada pelo texto a ser avaliado, com formação mínima de doutorandos.

Os nomes dos pareceristas em potencial, assim como vinculação institucional e nível de formação, devem estar listados no arquivo da proposta, anexado ao formulário de inscrição.

4. Critérios de seleção

Serão considerados critérios de seleção das propostas de dossiê:

Qualidade da proposta, atendendo aos requisitos dos pontos 1 a 3 deste edital;
Pertinência, originalidade e relevância da proposta para o projeto científico da revista;
Clareza e coerência da proposta em relação à temática do dossiê;
Viabilidade e abrangência da temática proposta, de maneira a permitir submissões com abordagens e perspectivas teórico-metodológicas diversas;
Familiaridade dos proponentes com a temática proposta;
Serão priorizados temas que ainda não foram publicados pela revista em dossiês anteriores, especialmente os mais recentes (os cinco últimos números). Para acesso às edições anteriores da Revista História Social, ver: link;
A variedade institucional e regional, assim como a diversidade étnico-racial e de gênero, entre os coordenadores da proposta são estimuladas e desejáveis para a seleção do dossiê.

5. Processo seletivo

A seleção das propostas submetidas será realizada em duas etapas. Na primeira, os editores farão a leitura e análise preliminar dos trabalhos, levando em consideração a relevância temática, a originalidade, a qualidade argumentativa e a adequação às normas da chamada.

Em seguida, as propostas pré-selecionadas serão submetidas à votação dos editores da revista.

O resultado final da seleção será divulgado por e-mail a todos os inscritos na data de 19 de setembro de 2025.

6. Coordenadores do Dossiê

As tarefas previstas para os coordenadores do dossiê serão:

Elaboração da proposta com escopo, justificativa e chamada para o dossiê;
Divulgação da chamada nas redes sociais e entre as redes acadêmicas da área;
Indicação de pareceristas especializados nos temas propostos;
Participação no processo de edição dos textos, desde que não seja identificado ou declarado potencial conflito de interesses;
Participação no processo de edição final (de adequação de formatação, revisão ortográfica e gramatical), assim como de padronização de referências;
A responsabilidade pela elaboração do texto de apresentação do dossiê, que contenha o resumo dos artigos aprovados, além de uma reflexão teórico-metodológica sobre a temática explorada, destacando sua relevância para o debate historiográfico mais amplo;

Os coordenadores não podem submeter artigos.

7. Editores da Revista e Fluxo Editorial

Os editores da revista serão responsáveis pela divulgação do dossiê e pela condução de todas as etapas do processo editorial, desde a análise inicial até a publicação final dos artigos. Compete aos editores a designação de pareceristas, o encaminhamento dos pareceres, o aceite ou recusa dos textos, bem como a supervisão da formatação e da publicação dos artigos aprovados.

O processo editorial dos artigos submetidos ao dossiê seguirá o mesmo padrão das submissões regulares da revista, com avaliação por pares no sistema duplo cego, garantindo o anonimato entre autores e pareceristas e assegurando a imparcialidade da avaliação. Para acesso às regras de submissão de artigos na HS, ver link.

Os editores da revista não assumem qualquer compromisso quanto ao aceite dos artigos enviados para o dossiê.

8. Cronograma

Abertura do edital (inscrições): 30/07/2025

Encerramento: 30/08/2025

Divulgação do resultado: 19/09/2025

Dossiê Temático Revista História Social 2025

2024-12-19T13:45:13-03:00

Dossiê: "Políticas Afirmativas e a Construção do Conhecimento Histórico"

Descrição Geral:

A revista História Social convida pesquisadores para refletirem sobre o impacto das políticas afirmativas na construção do conhecimento histórico. Essas políticas, que buscam reparar desigualdades históricas no acesso ao ensino superior, têm transformado profundamente as universidades, democratizando o acesso à pesquisa e ampliando as vozes que participam da produção de conhecimento. O dossiê tem como objetivo explorar tanto a trajetória histórica dessas ações quanto seus impactos práticos e simbólicos na área de História, destacando contribuições que promovam uma compreensão mais ampla e diversa do passado.

Estrutura do Dossiê:

Seção 1: Histórias e Trajetórias das Políticas Afirmativas
Essa seção reunirá artigos que abordem a construção e desenvolvimento das políticas afirmativas ao longo do tempo, buscando compreender suas origens, transformações e impactos sociais. São esperados textos que:

Contextualizem historicamente as ações afirmativas em diferentes períodos e geografias.
Analisem casos específicos que evidenciem os desafios e conquistas dessas políticas.
Explorem a interseccionalidade ao considerar os efeitos de raça, classe, gênero, sexualidade e deficiência nas políticas de inclusão.
Discorram sobre o papel dessas ações no reposicionamento de grupos marginalizados na narrativa histórica e na academia.

Seção 2: Vozes e Produções de Resultados das Políticas Afirmativas
Essa seção será dedicada a artigos de autores que se identificam como frutos das políticas afirmativas*. O objetivo é destacar as contribuições de pesquisadores que acessaram a universidade e a produção de conhecimento por meio dessas iniciativas. Os textos podem abordar:

Pesquisas históricas dentro do escopo da revista, sem limitação temática ou temporal, no campo da historiografia.

* Com os autores aprovados da Seção 2, desejamos realizar entrevistas, a serem incorporadas ao dossiê, com o objetivo de, além de conhecer sua produção historiográfica, compreender como ela se apresenta dentro de sua trajetória pessoal enquanto fruto de políticas afirmativas. As entrevistas serão opcionais para os autores aprovados, mas altamente encorajadas, uma vez que um dos nossos objetivos é refletir sobre os impactos dessas ações nos âmbitos histórico e pessoal dos pesquisadores.

Objetivo do Dossiê:

Este dossiê busca evidenciar a influência das políticas afirmativas não apenas no acesso à universidade, mas também na transformação do campo da História. Ele propõe um espaço de diálogo que contribua para compreender como essas políticas reconfiguram as relações entre poder, memória e conhecimento, valorizando a pluralidade de perspectivas e narrativas.

Público-alvo:

O dossiê é destinado a historiadores(as), pesquisadores(as) de áreas afins, interessados(as) no impacto das políticas afirmativas na academia e na construção do conhecimento histórico.

Chamadas de Submissão:

Os interessados são convidados a enviar artigos originais que se enquadrem nas seções descritas, respeitando as normas editoriais da revista. Trabalhos com abordagens comparativas, interseccionais e experiências inéditas de inclusão na área de História serão particularmente valorizados.

Prazo e Formato:

Prazo para envio: 23/02/2025.
Diretrizes para submissão: Disponíveis no site da revista.
Contato para dúvidas: rhs@unicamp.br

Este dossiê representa uma oportunidade para debater e valorizar o papel transformador das políticas afirmativas, promovendo uma historiografia mais diversa e inclusiva.

Dossiê Temático Revista História Social 2024

2024-06-14T12:04:21-03:00

A próxima edição da História Social, ao considerar as produções acadêmicas concluídas e em fase de desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp nos últimos dez anos, traz como tema "Imprensa na história, histórias na imprensa". As duas partes do título revelam a proposta do corpo editorial da revista quanto às abordagens sobre a imprensa esperadas neste dossiê: a primeira, "Imprensa na história", pensa a imprensa como objeto de pesquisa e convida à submissão trabalhos que discutam sua criação, desenvolvimento e atuação ao longo da história; a segunda, "histórias na imprensa", convida pesquisadores que, a partir da investigação da imprensa, buscam construir e reconstruir a história de sujeitos e grupos que nela deixaram vestígios.

Não à toa a imprensa tem sido tema recorrente em áreas e linhas de pesquisa em História por todo o país. Seu estudo permite múltiplas abordagens de ainda mais variados temas. É pensando nessa multiplicidade que a História Social receberá propostas que:

Desenvolvam estudos teóricos/historiográficos sobre a utilização da imprensa para a construção do conhecimento histórico.
Discutam a criação, desenvolvimento e circulação de veículos de imprensa, tal como as disputas e apropriações em torno de sua produção, redação, e edição.
Utilizem a imprensa como fonte primária e principal de investigação acerca de um ou mais sujeitos, principalmente aqueles considerados "subalternos" pelas narrativas historiográficas hegemônicas como mulheres, pessoas negras, sujeitos das classes populares, povos colonizados, LGBTQIA +, etc.

O prazo para submissões se encerra no dia 31 de julho.

Dossiê Temático Revista História Social 2023, n.26

2023-08-14T12:52:57-03:00

De seu primeiro número, em 1994, até sua desativação, em 2013, a produção da RHS totaliza 25 edições. Entre elas, estão tanto artigos livres, quanto publicações em dossiês temáticos, com assuntos variados — como Revoltas populares (2006), Cultura e política na América Latina (2010), Racismo: História e Historiografia (2010), História e Mídias (2011) e Literatura nos arquivos (2011). Além de artigos de pesquisadores consagrados e em formação, o periódico publicou resenhas, transcrições de documentos, entrevistas e traduções. Assim, a RHS se constituiu enquanto um espaço de incentivo ao debate especializado, contribuindo para a difusão de pesquisas, e de aprendizado acadêmico para os pós-graduandos que nela trabalharam e publicaram, ou que a leram.

Com a reativação do seu funcionamento, pretendemos dar continuidade ao projeto da História Social, restabelecendo um contato direto entre os estudantes do PPGH da UNICAMP e aqueles de outras instituições, regiões do Brasil e, mesmo, de outros países. Nesse sentido, temos como objetivo abordar um espectro amplo de temas; inclusive, porque, apesar do nome, a revista e o seu comitê editorial contemplam todas as áreas de pesquisa da pós-graduação desta universidade: História da Arte; Dinâmicas e Linguagens Políticas; Cultura, Memória e Visualidades, além da própria História Social.

Assim, o objetivo deste primeiro dossiê é o de colocar a revista em dia com os acontecimentos da última década, internos e externos à historiografia. Buscamos textos que abordem:

Transformações nos departamentos de história ou nas universidades brasileiras, tanto em termos curriculares e institucionais quanto sociais, políticos e culturais.
Os desenvolvimentos ou eventos emblemáticos em campos de estudo, áreas do conhecimento, conceitos, produção de autores específicos, recepção de obras, debates internos à disciplina, etc.
Inovações teóricas na historiografia — a formação ou consolidação de novos campos, vieses interpretativos, etc.
Os acontecimentos dos últimos 10 anos, no Brasil e no mundo.

Estamos aceitando contribuições para o dossiê até o dia 16/09, pelo link: https://ojs.ifch.unicamp.br/index.php/rhs/about/submissions

Reativação da Revista História Social

2023-07-26T18:40:00-03:00

O Fórum de Editores de Periódicos da área de História, órgão da Associação Nacional de História (ANPUH), publicou uma carta destinada à comunidade de historiadores no começo de 2022 intitulada “Por uma política de valorização das revistas acadêmicas na área de História”. O texto destaca um certo desencontro: se, por um lado, existe um gasto significativo de energia na construção de revistas, manifesto em incontáveis pareceres, revisões, diagramações, traduções, etc., há, por outro, certa ausência destes artigos na bibliografia de nossos trabalhos e cursos.
Na carta, eram centrais as mais novas transformações no campo acadêmico. E, apesar da comunidade de historiadores da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) estar intimamente conectada a tais tendências, apenas um nome, dentre os quase cinquenta signatários da carta da ANPUH, pertence à nossa instituição. Tal circunstância, nos parece, está diretamente relacionada à ausência de uma revista de cunho departamental cujo objetivo seja constituir um espaço de discussão e construção comum entre as distintas tendências do programa. A UNICAMP, na realidade, já contou com uma revista desse tipo, mas que se encontra desativada, justamente em um momento no qual os artigos acadêmicos ganham maior relevância e se debate o seu lugar na construção da historiografia.
A revista História Social foi fundada em 1994 por discentes da pós-graduação e funcionou até 2013, publicando 25 números. Tal descontinuação deveu-se à não renovação dos seus quadros editoriais. A perda deste espaço se mostra problemática devido ao vácuo instalado no centro de um debate candente; além disso, marca a ausência de um ambiente propedêutico e de memória. Afinal, é em uma revista de pós-graduandos que os acadêmicos iniciantes submetem os seus primeiros textos ao escrutínio dos pares, experiência formativa fundamental. Neste sentido, a História Social foi espaço de iniciação de pós-graduandos e jovens docentes, muitos dos quais, atualmente, estão à frente de uma série de departamentos de História pelo país: Fernando Teixeira da Silva, Flávio dos Santos Gomes, Jean Sales, João Fabio Bertonha, Jorge Ferreira, José D'Assunção Barros, Josianne Francia Cerasoli, entre outros. Também é neste ambiente que professores veteranos e aposentados são entrevistados e dialogam a respeito de suas carreiras, criando uma interessante combinação entre História e memória.
Sendo assim, nós, integrantes das quatro áreas do programa de pós-graduação em História pela UNICAMP, em conjunto com os professores doutores Aldair Rodrigues e Lucilene Reginaldo, que atuarão como Editores Científicos da revista, estamos reativando a Revista em 2023, 10 anos após o lançamento de seu último número. Sua recriação visará recolocar um espaço de debate historiográfico fundamental para a comunidade de historiadores da UNICAMP e pensar a respeito do papel da revista em nossa área.

Nos próximos dias lançaremos a chamada para o próximo dossiê da revista, e já estamos aceitando resenhas e artigos livres para a nossa próxima edição. Para mais informações, consulte nosso campo "Submissões".
Para acompanhar nossa divulgação, siga também nossa página do Instagram: instagram.com/rhs_unicamp/