Herbert Marcuse e os destinos da hipótese repressiva

Autores

  • Silvio Carneiro UFABC

Resumo

O artigo pretende desenvolver a questão marcuseana sobre a repressão enquanto fator constitutivo da sociedade. Seria a dinâmica repressiva um fator presente na sociedade contemporânea? Uma questão difícil, dado que Foucault problematiza a hipótese repressiva enquanto dispositivo crítico dos modelos sociais da biopolítica. Para o autor, a denúncia do modelo repressivo da sociedade é insuficiente para pensar as dinâmicas contemporâneas de poder sobre a vida, mediante as quais se “faz viver e deixa-se morrer”. Exercício novo do regime de liberdades que deixa sob suspeita a denúncia da repressão, que fala contra o poder e promete o gozo. Mas, nos questionamos: no cenário contemporâneo, é possível abandonar este conceito? Ou a dinâmica repressiva assume novas formas e mecanismos? Para tanto, investigamos os desdobramentos da repressão no pensamento de Marcuse. Movimento que nos faz descobrir novos aspectos do problema, como a “dessublimação repressiva”. Ao fim, à luz da biopolítica, perguntamos: o que resta de repressivo?

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Publicado

2019-02-13

Edição

Seção

Artigos (Dossiê Temático)