Redefinindo o sindicalismo corporativo nos anos 1950: o caso do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro

Resumo

Utilizando documentos sindicais e da imprensa, assim como processos legais, este artigo oferece um estudo de caso detalhado das táticas usadas por uma nova geração de líderes operários para a reconstrução do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro no interior da estrutura laboral corporativa dos anos 50 do século XX. O autor argumenta contra a tese de que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) impediu os sindicatos de atuarem como defensores de seus associados. Alternativamente, sustenta que os metalúrgicos se mantiveram ativos ao atraírem novos membros, fornecendo serviços assistenciais, usando a lei para expandir a jurisdição do sindicato e até redefinindo o sindicalismo corporativo, mediante a inclusão de programas culturais e educacionais assim como questões fabris. Ao jogar luz sobre as táticas e estratégias que o sindicato escolheu, este artigo sugere que os sindicatos cariocas estavam longe da fragilidade ou da cooptação pela estrutura corporativa.