A hipótese do “concomitante-dependende” como resposta freudiana ao problema mente-corpo no início dos anos 1890
The “dependent concomitant” hypothesis as a freudian solution to the mind-body problem in the early 1890s
Resumo
Em meio a uma discussão sobre a localização cerebral dos fenômenos psicológicos, Freud propõe em 1891, em seu trabalho sobre as afasias, a chamada hipótese do “concomitante dependente”. Segundo esta hipótese, atribuída pelo autor ao neurologista John Hughlings Jackson, os estados mentais serão considerados como distintos, não redutíveis e paralelos aos processos cerebrais, não havendo relação causal entre ambos. Entendendo que estes princípios constituem resposta possível ao problema mente-corpo, nosso objetivo neste artigo será situar a posição assumida por Freud no interior deste debate filosófico durante a segunda metade do século XIX. Para tal, nosso trabalho será dividido em três partes: em um primeiro momento 1) abordaremos alguns antecedentes deste debate nos dedicando ao estudo da noção de psiquismo durante as primeiras décadas do século XIX. Na sequência, considerando a emergência e a consolidação do paradigma monista e materialista a partir dos anos 1820, 2) discutiremos o surgimento de duas posições distintas, o localizacionismo e o funcionalismo. Por fim, nos aprofundando na segunda destas posições, dita funcionalista, 3) buscaremos demonstrar o vínculo da hipótese freudiana a uma determinada tradição neurológica de língua inglesa, em grande medida orientada pelos trabalhos do filósofo escocês Alexander Bain.
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