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Leibniz e a China. Leibniz and China
v. 1 n. 1 (2017)O primeiro número da Modernos & Contemporâneos é dedicado a um tema muito especial, qual seja, a relação entre filosofia ocidental e chinesa, a partir dos escritos de Leibniz sobre a China. Isso mesmo! Leibniz escreveu sobre a filosofia chinesa e o Dossiê que inaugura a Modernos & Contemporâneos é resultado do V Colóquio Internacional sobre Filosofia Oriental ocorrido na UNICAMP, em outubro de 2016, dedicado especialmente aos escritos de Leibniz sobre a filosofia chinesa. Leibniz nunca esteve na China, mas viveu em uma época de intenso intercâmbio intelectual entre a Europa e a China, através dos missionários jesuítas enviados àquele longínquo território. Grande parte destes missionários era composta por reconhecidos matemáticos, físicos e astrônomos, enviados com o claro propósito de “mapear” o nível de conhecimento científico que os chineses haviam atingido, copiar seus conhecimentos e descobertas e enviá-los à Europa. Resulta daí um intenso intercâmbio, no qual Leibniz se insere através de sua correspondência com vários missionários lá residentes, gerando volumosa correspondência com centenas de cartas que abordam os mais variados temas, tais como a existência na China de algo próximo à geometria euclidiana, de uma física e astronomia comparável às ciências europeias, em última instância, se os chineses possuiriam algum conhecimento metafísico semelhante à filosofia ocidental e uma teologia compatível com a fé cristã.. Os autores dos textos que compõem este dossiê ocupam relevante lugar no debate internacional sobre o tema. Temos ainda quatro textos avulsos, que, de diferentes maneiras, estão, ligados à relação entre a filosofia chinesa e o pensamento ocidental. Enriquecem também nosso dossiê duas traduções de parte de um dos principais textos da filosofia chinesa antiga e a tradução de um curto, mas não pouco interessante, texto de Leibniz. A todos desejo uma boa leitura e um longo e consistente caminho para essa iniciativa, que se consolida neste primeiro número da Revista Modernos & Contemporâneos. Antonio Florentino Neto Organizador deste Dossiê e Editor da Revista. -
Descartes e sua correspondência. Descartes and his correspondence
v. 1 n. 2 (2017)O dossiê Descartes e sua correspondência teve a sua escolha motivada em boa parte pela elaboração de novas edições da correspondência de Descartes na França ( Jean-Robert Armogathe), na Itália (Giulia Belgioioso), na Holanda (Erik-Jan Bos) e nos Estados Unidos (Roger Ariew). Contribuiu também para essa escolha a pesquisa apresentada e o debate que se seguiu ao Colóquio homônimo realizado em Campinas pelo GT (Grupo de Trabalho) Estudos Cartesianos da ANPOF. Trata-se de um esforço de acompanhar a mais atualizada pesquisa filológica dos textos de Descartes e explorar, como diria Jean-Robert Armogathe, o “laboratório do pensamento” do autor. Explicando e desenvolvendo suas teses metafísicas, científicas e morais, Descartes estabelece em sua correspondência um diálogo culto e esclarecedor com importantes pensadores, teólogos e cientistas da sua época, como Marin Mersenne, Antoine Arnauld, Isaac Beeckman, Jean-Baptiste Morin, Claude Picot, Pierre Fermat, Henry More, Thomas Hobbes, Constantijn Huygens e Elisabeth da Boêmia. Já não se trata do filósofo que em sua solidão contemplativa escreve só para si mesmo a fim de tornar mais claro o seu pensamento, mas daquele que se submete a uma interlocução reflexiva num círculo privado. Domínio próprio, em que o pensamento se ensaia e se justifica, em que seu grau de liberdade e de provocação intelectual, embora variável conforme o correspondente, tem um estatuto diferente do autor editado cuja obra circula ostensivamente. Nesse registro da correspondência, podemos ver efetivamente como Descartes é entendido e apreciado pelos seus contemporâneos, podemos verificar de modo privilegiado como a sua época o recebe. Tendo como ponto de partida as referidas pesquisas e preocupações teóricas, o dossiê pretende, portanto, incentivar o desdobramento destas e outras questões correlatas com o intuito de elucidar um pouco mais o pensamento cartesiano: Como o corpus cartesiano ampliado e tratado com um maior rigor filológico pode contribuir para o aperfeiçoamento da sua interpretação? Qual é o estatuto desse domínio próprio da correspondência, em que o pensamento se exerce com características muito específicas? Como a correspondência expõe ou aprofunda as teses de Descartes? De que modo certas doutrinas podem emergir na correspondência, como a livre criação das verdades eternas, a terceira noção primitiva, o juízo de gosto e a alma dos animais? Como complemento do dossiê, temos uma seção de tradução de importantes cartas de Descartes, para melhor ilustrar o que está sendo debatido e pensado, bem como mostrar o profícuo campo de trabalho da pesquisa cartesiana que se abre na atualidade. Enéias Forlin Alexandre Guimarães Tadeu de Soares -
Ciência e Arte na Filosofia da Escola de Kyoto. Science and Art in the Kyoto School Philosophy
v. 2 n. 3 (2018)A revista de filosofia do IFCH da Unicamp, Modernos & Contemporâneos apresenta neste número o dossiê Ciência e arte na Filosofia da Escola de Kyoto, que traz os textos apresentados no VI Colóquio Internacional de Filosofia Oriental da Unicamp, que ocorreu em outubro de 2017. Os textos nos apresentam reflexões de renomados autores sobre arte e ciência na Filosofia da Escola de Kyoto e um texto complementar de José Jorge de Carvalho, sobre Dogen, que não foi apresentado neste colóquio, mas que está intimamente vinculado ao tema do dossiê. Temos também, neste número, quatro contribuições avulsas, mas que de alguma forma circulam a questão proposta no dossiê. Por últimos apresentamos a tradução feita por Joaquim Monteiro de uma importante contribuição do filósofo japonês Hajime Tanabe sobre o engajamento político de Heidegger durante o Nazismo alemão. Mais uma vez a Modernos e Contemporâneos nos brinda com sua excelência e riqueza ao nos apresentar um dossiê dedicado à uma temática pouco pesquisada pela filosofia no Brasil: A Filosofia da Escola de Kyoto. A todos desejo uma boa leitura! Antônio Florentino Neto – Organizador deste Dossiê e Editor da Revista. -
Spinoza Contemporâneo. Contemporary Spinoza
v. 2 n. 4 (2018)O presente dossiê Spinoza contemporâneo é a expressão de certas das tantas tendências representativas da prática teórico-interpretativa sobre a escritura de Spinoza que anima o cenário latino e americano. As contribuições aqui dispostas versam sobre a contemporaneidade de Spinoza por ao menos três movimentos insignes, a saber, pelo que se faz interpretativamente na estrutura de pensamento de Spinoza, pelo próprio fazer contemporâneo sobre a estrutura de pensamento Spinoza e, por fim, pela diversidade de posicionamento de certas problemáticas através da estrutura de pensamento de Spinoza nas tantas searas ou campos discursivos da prática filosófica. Se no primeiro caso, é a concatenação genealógica de imagens do spinozismo que permite historicamente por certo e determinado modo apreender a escritura de Spinoza, no segundo, é a atual conjuntura que amplamente se efetiva no próprio ato de fazer sobre sua escrituração. Certa conjugação entre ambos os movimentos mutuamente referidos avança para o terceiro movimento como aquele que transpassa os tantos campos da prática filosófica, da estética à política, inquirindo com a potência da estrutura de pensamento de Spinoza os problemas que estão na ordem do dia e que, por vezes, não foram objeto temático e específico de nosso autor. Este último movimento é, em sentido forte, o efeito da imagem contemporânea de Spinoza, o qual modifica em ato, portanto, os dois primeiros movimentos. Ademais, o leitor encontrará também neste número duas resenhas críticas e cinco traduções: duas cartas de Spinoza, um escrito de Goethe e, por fim, inéditos em nossa língua, um excerto do diário de Lou Andreas-Salomé e um artigo de Étienne Balibar. Vittorio Morfino e Diego Lanciote -
Filosofia & Psicanálise (Volume 1) - Philosophy & Psychoanalysis (Volume 1)
v. 3 n. 5 (2019)O dossiê especial Filosofia & Psicanálise, dividido em dois volumes, disponibiliza ao leitor contribuições de autores do Brasil, França e Argentina. Os textos, traduções e resenhas reunidos versam sobre o arcabouço teórico freudolacaniano na relação conceitual com a Filosofia e outras áreas do saber. O desenvolvimento das problemáticas teóricas e clínicas alçadas em ambos os volumes se estabelecem ou pela explicação textual, explicitando a gênese, a articulação dos conceitos psicanalíticos e suas relações intertextuais e conceituais, ou então o caminho da contraposição, relação ou confronto entre Filosofia, Psicanálise e Política. Em específico neste primeiro volume, o leitor encontrará doze artigos selecionados no dossiê, além de três artigos independentes, quatro resenhas críticas e uma tradução. A divisão dos textos do dossiê se consuma pela proximidade teórica, sendo os primeiros artigos mais vinculados ao lacanismo e suas interlocuções e, os subsequentes, ao freudismo e suas interlocuções. Os organizadores desejam a todos uma excelente leitura. Daniel Omar Perez e Alexandre Starnino -
Número especial : Filosofia & Psicanálise (Volume 2). Special issue : Philosophy & Psychoanalysis (Volume 2)
v. 3 n. 6 (2019)O dossiê Filosofia & Psicanálise apresenta o seu segundo volume disponibilizando ao leitor contribuições de autores do Brasil, França e Argentina. Os textos, traduções e resenhas reunidos versam sobre o arcabouço teórico freudolacaniano na relação conceitual com a Filosofia e outras áreas do saber. O desenvolvimento das problemáticas teóricas e clínicas alçadas em ambos os volumes se estabelecem ou pela explicação textual, explicitando a gênese, a articulação dos conceitos psicanalíticos e suas relações intertextuais e conceituais, ou então o caminho da contraposição, relação ou confronto entre Filosofia, Psicanálise e Política. Em especifico neste segundo volume, o leitor encontrará doze artigos selecionados no dossiê, além de quatro artigos independentes e duas traduções. Os organizadores desejam a todos uma excelente leitura. Daniel Omar Perez e Alexandre Starnino -
Descartes: Discurso do Método e Ensaios. Descartes: Discourse on the Method and Essays.
v. 3 n. 7 (2019)É com satisfação que oferecemos aos leitores da Modernos & Contemporâneos o dossiê “Descartes: Discurso do Método e Ensaios”. O dossiê reúne textos de brasileiros e estrangeiros, pesquisadores do pensamento cartesiano, que participaram do “Colóquio Internacional Descartes: Discurso do Método e Ensaios”, realizado na Unicamp entre os dias 3 a 5 de outubro de 2017 no âmbito do 1º. Congresso Fausto Castilho de Filosofia.
O Colóquio, organizado pelo GT Estudos Cartesianos, teve como eixo dos trabalhos a obra publicada por Descartes em 1637 (Discurso do Método, A Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria). E foi pensado a partir de dois objetivos principais. O primeiro foi propiciar reflexões e escritos ao redor destes textos cartesianos, tendo em conta o estado atual de interpretações, mas também para avaliar a atitude dominante de lê-los separadamente. O segundo objetivo foi preparar, de algum modo, o terreno, por meio de textos e debates, para a recepção da publicação da tradução brasileira dessas obras de Descartes, inédita por reuni-las todas em um só volume, como foi a publicação de 1637. A tradução brasileira foi publicada em 2018 com o título Discurso do Método & Ensaios (Editora da UNESP, 2018), tendo sido traduzida pelos seguintes pesquisadores: Discurso do Método, tradução e notas de Marisa Carneiro de Oliveira Franco Donatelli; A Dióptrica, tradução e notas de Pablo Rubén Mariconda e Guilherme Rodrigues Neto; Os Meteoros, tradução e notas de Paulo Tadeu da Silva e Érico Andrade; A Geometria, tradução e notas de César Augusto Battisti.
O presente dossiê pretende fomentar e dar continuidade à consecução desses objetivos. Espera-se que, com a disponibilização da tradução e do dossiê, emerjam novas pesquisas e novos especialistas, especialmente sobre os Ensaios.
Gostaríamos de agradecer aos que nos enviaram seus textos e aos órgãos apoiadores, em especial, a Fundação Fausto Castilho e a Capes, esta última tendo financiado parte da presente publicação. Agradecemos também à Modernos & Contemporâneos por ter acolhido a nossa proposta.
César Augusto Battisti
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Kant em situação, Brasil Norte-Nordeste. Kant in situation, Brazil North-Northeast.
v. 4 n. 8 (2020)A publicação dos artigos da presente edição do periódico Modernos & Contemporâneos representa uma rara oportunidade oferecida aos estudiosos da filosofia no Brasil, estudiosos estes que desenvolvem suas atividades de ensino e pesquisa em Instituições do Norte e Nordeste de nosso país. Como se pode constatar, a quase totalidade dos autores participantes do atual número do periódico escreveram artigos voltados para o pensamento kantiano, mas participam também da publicação dois autores que dedicam estudos às filosofias de Hume e Hobbes. Ambos importantes pensadores constam em nosso dossiê por pertencerem à
tradição filosófica que Kant está vinculado, e por terem ecoado de algum modo no pensamento do filósofo alemão. Por tal razão, justificada está a presença de dois artigos convenientemente acomodados junto aos demais que tematizam aspectos do pensamento kantiano.
Os artigos produzidos pelos Professores do Estado do Pará, em sua maioria vinculados à Universidade Federal do Pará (UFPa), detém relevante notabilidade em virtude da crescente consolidação da pesquisa filosófica na UFPa, a qual teve um considerável avanço após passar pouco mais de uma década da implantação do primeiro Programa de Pós-Graduação em Filosofia da região Norte do Brasil. Nos demais Estados dessa região, o estudo da filosofia se mantém a nível de graduação. Excetua-se o Estado de Rondônia, cujo Programa de Pós-graduação em filosofia foi recentemente implantado na Universidade Federal desse Estado.Embora não desconheçamos e nem tenhamos limitado a participação de autores de outros Estados da região no dossiê, somente foi possível reunir o testemunho investigativo de autores vinculados à UFPa e, também, que mantiveram vínculo (dois ex-alunos) com a citada instituição.A partir da colaboração de três Professores do Estado do Maranhão e um Professor de Estado Sergipe completamos o dossiê na parte atinente à região Nordeste. Diferentemente do Norte, a região Nordeste conta com cursos de graduação e Pós-graduação em Filosofia em todos os Estados que a constituem. Devido ao maior intervalo de tempo em que se desenvolvem, o ensino e a pesquisa filosófica nordestinas têm maior visibilidade no cenário nacional. O objetivo precípuo do atual número da presente publicação consiste em contribuir para o aumento dessa visibilidade ao estendê-la para o Norte e Nordeste. Esta contribuição é de importância altamente relevante em virtude da tentativa de irmanar a filosofia dessas duas regiões aos destacados centros de estudo e divulgação da filosofia no Brasil.
A filosofia inscrita nos trabalhos aqui publicados é produzida em solo brasileiro e em nada difere do modo como se tem praticado a reflexão filosófica nas demais regiões do Brasil. Os autores dos artigos fizeram seus estudos avançados nos mais afamados centros de pesquisa filosófica das Universidades do Sudeste brasileiro. Assim sendo, o leitor não deve esperar do presente dossiê nenhum tipo de exotismo filosófico que busque assentar seu caráter em alguma espécie de nacionalidade.Agostinho de Freitas Meirelles
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A Educação e suas margens (número especial) - L'éducation et ses marges (édition spéciale) - Education and its margins (special issue)
v. 4 n. 9 (2020)A revista de filosofia Modernos & Contemporâneos apresenta aos seus leitores a edição especial de 2020, com o dossiê "Educação e suas margens". O dossiê é composto por um conjunto de textos oriundos do Colóquio da Société Francophone de Philosophie de l'Education (SOFPHIED), occorida em 2018 na cidade do Porto, em colaboração com a Sociedade de Filosofia da Educação de Língua Portuguesa (SOFELP). O dossiê contém uma excelente apresentação de Alain Kerlan e Adalberto Diaz de Carvalho, a quem agradecemos calorosamente por esta colaboração, e oferece aos leitores contribuições de importantes investigadores na área, provenientes de universidades no Brasil, Portugal e França.
La revue de philosophie Modernos & Contemporâneos présente à ses lecteurs le numéro spécial de 2020, avec le dossier "L'éducation et ses marges". Le dossier est composé d'un ensemble de textes issus du Colloque de la Société Francophone de Philosophie de l’Éducation (SOFPHIED), qui a eu lieu en 2018 dans la ville de Porto, en collaboration avec la Sociedade de Filosofia da Educação de Língua Portuguesa (SOFELP). Le dossier contient une excellente présentation d'Alain Kerlan et Adalberto Diaz de Carvalho, que nous remercions vivement pour cette collaboration, et offre aux lecteurs des contributions de chercheurs de premier plan dans le domaine, provenant d'universités du Brésil, du Portugal et de la France.
The Philosophy journal Modernos & Contemporâneos presents to its readers the special edition of 2020, with the dossier "Education and its margins". The dossier is composed of a set of texts from the Colloquium of the Société Francophone de Philosophie de l'Education (SOFPHIED), held in 2018 in the city of Porto, in collaboration with the Society of Philosophy of Portuguese Language Education (SOFELP). The dossier contains an excellent presentation by Alain Kerlan and Adalberto Diaz de Carvalho, to whom we warmly thank for this collaboration, and offers readers contributions from important researchers in the field, coming from universities in Brazil, Portugal and France.
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Montaigne. Ensaios sobre o Novo Mundo (vol.1); Montaigne. Essays on the New World (vol. 1)
v. 4 n. 10 (2020)O título do presente dossiê, "Montaigne. Ensaios sobre o Novo Mundo", evoca os textos do corpus montaigniano que se referem explicitamente aos indígenas e ao continente americano.
Sabe-se que as reflexões de Montaigne acerca do Novo Mundo deram origem, ao longo dos séculos, às mais diversas interpretações em muitos campos do saber, incluindo epistemologia, antropologia, moral, teologia, retórica, história, geografia, literatura e política. Interpretações essas que os artigos publicados nesse primeiro volume desenvolvem em profundidade, enriquecendo consideravelmente os debates sobre esse tema particular dos Ensaios.
Para além dos artigos do dossiê, esse volume também contém uma entrevista com Emmanuel Désveaux em torno da edição científica do livro De Montaigne à Montaigne de Claude Lévi-Strauss ; uma resenha de Uma temporada com Montaigne de Antoine Compagnon ; bem como duas traduções: um retrato de Montaigne elaborado por Jakob Elias Poritzky, e a versão integral de Igualdade entre homens e mulheres escrito por Marie de Gournay.
Desejando-lhes uma excelente leitura.
Os organizadores.
Jean-François Dupeyron e Fabien Lins -
Montaigne. Ensaios sobre o Novo Mundo (vol. 2). Montaigne. Essays on the New World (vol. 2)
v. 5 n. 11 (2021)A presente publicação dá continuidade ao primeiro volume do dossiê "Montaigne. Ensaios sobre o Novo Mundo", publicado em 2020. Os onze artigos inéditos apresentados neste segundo volume abordam diversas noções e áreas de pesquisa, incluindo: razão (Carbone, Mondini, Moreira), linguagem (Marcondes), costumes (Foglia), sociabilidade (Desan, Péraud-Puigségur), e tempo (Reguig), assim como história (Souza Filho), direito (Castañeda) e retórica (Masiero).
Temos também o prazer de apresentar três traduções em português de textos relativos ao pensamento de Montaigne, a saber: o capítulo “Dos Coxos” do Livro III dos Ensaios, o artigo de Alain Legros intitulado “De um mundo a outro, estranhas similitudes: ensaio de
um questionamento missionário”, e por fim o artigo “De Rousseau a Montaigne ou o itinerário da melancolia”, publicado por Emmanuel Désveaux.
Desejando-lhe uma excelente leitura
Os organizadores
Jean-François Dupeyron & Fabien LinsLe présent dossier donne suite au premier volume de l’ouvrage collectif "Montaigne. Ensaios sobre o Novo Mundo", publié en 2020. Les onze articles inédits présentés dans ce second volet abordent diverses notions et domaines de recherches, notamment : la raison (Carbone, Mondini, Moreira), le langage (Marcondes), les
coutumes (Foglia), la sociabilité (Desan, Péraud-Puigségur) et le temps (Reguig), mais aussi l’histoire (Souza Filho), le droit (Castañeda) et la rhétorique (Masiero).
Nous avons en outre le plaisir de présenter aux lecteurs trois traductions en langue portugaise de textes concernant la pensée de Montaigne, à savoir : le chapitre “Des Boyteux” du livre III des Essais, l’article d’Alain Legros intitulé “D’un monde à l’autre, étranges similitudes : mise à l’essai d’un questionnement missionnaire”, et pour finir l’article “De Rousseau à Montaigne ou l’itinéraire de la mélancolie” publié
par Emmanuel Désveaux.
En vous souhaitant une excellente lecture
Les organisateurs
Jean-François Dupeyron & Fabien Lins -
Leituras de Nietzsche: Homenagem a Roberto Machado (Número Especial)
v. 5 n. 12 (2021)Dossiê n.12 - Número especial
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Habitar o mundo, coexistir com o humano
v. 7 n. 16 (2023)O fim da filosofia, a multiplicidade, a diferença, o caos, a crise, a ruptura, o pós-moderno, o hipermoderno, a complexidade e tantas outras são as denominações utilizadas para se falar da vida que não mais se acomoda no uno, na identidade, na representação, no espírito absoluto, na determinação. Não é apenas uma questão de se demorar sobre o sentido do ser, mas a finitude exige os sentidos de ser, por isso, a divergência e a pluralidade tornam-se o leitmotiv de uma época aversa a arbitrariedade das sínteses. Há de se ter muitas vozes para as muitas dúvidas que afligem a vida contemporânea, já não basta olhar para o passado da filosofia, pois se faz necessária a conexão com as forças autóctones e para além do horizonte ocidental.
Os textos ora apresentados, que compõem o dossiê Habitar o mundo, coexistir com o humano, foram organizados de modo a prover ao leitor um panorama mais abrangente, ou ainda, uma pluralidade de perspectivas que, da modernidade à contemporaneidade, tangenciam os afetos que compõem as relações entre os humanos, bem como entre estes e o mundo que os sustenta e provê.
O leitor deve ter em mente a seguinte questão: como pensar o presente sem colocar em suspensão o que acreditamos? Repensar nossa relação com o mundo de modo a transformar nossa ação individual e coletiva precipita-nos na fronteira do conhecimento. Coloca em evidente tensão as convicções sobre o que entendemos por liberdade, economia, ecologia, democracia, técnica etc. Repensar esse solo comum de valores e representações permite observar o outro humano que somos e que não está determinado pela filosofia, pela arte ou demais regimes de saberes. Em um certo sentido, é preciso pensar o inumano em nós, isso que escapa à ordem das classificações, ao poder que hierarquiza e submete a existência a certa visão de mundo (Weltanschauung). Para se pensar outra coexistência possível, antes de tudo é preciso suspeitar.
O ponto de ancoragem deste conjunto de textos orbita o pensamento de Nietzsche, particularmente com temas nos quais aquelas relações se mostram mais prementes, aí se incluindo: a liberdade, o destino, o finalismo, o egoísmo, a sociabilidade, o ressentimento e a singularidade. É notadamente clara, em tais textos, a busca bem-sucedida por transpor os limites da exegese filosófica – sem dúvida relevante a um distanciamento dos equívocos interpretativos – e salientar, a partir daqueles temas, a relevância de seu pensamento para pensarmos problemas tão próprios da contemporaneidade.
Ainda que determine a tônica do dossiê, a nota nietzscheana, entretanto, não é a única. Dos doze artigos apresentados, metade deles compõem pontos de fuga que, se em maior ou menor medida retomam, dialogam ou mesmo contrapõem o pensamento daquele filósofo, trazem à nós, cada um à sua maneira e em face dos desafios que nos são próprios na atualidade, o problema dos afetos que envolvem as relações entre o humano e o mundo. Por definição, co-existir é existir com o outro na experiência da fronteira. Porém, fronteira não deve significar o que encerra, divide ou limita, a fronteira deve ser pensada como a tênue linha entre as multiplicidades, aquilo que permite o encontro, a passagem, a troca, a hibridização e a conexão das diferenças. Entretanto, para que isso ocorra, é preciso que a filosofia interceda para quebrar as linhas duras que impedem o encontro e o surgimento do novo. Deste modo, pensar a coexistência é sempre pensar as coexistências, ou seja, o plural e o diverso. Aqui vêm à tona temas como: o imaginário, o acontecimento, a ancestralidade, a finitude, o meio-ambiente e a solidariedade.
É essa polifonia, em certo sentido, caleidoscópica – afeita, portanto, à pluriversalidade que habitamos e que nos habita –, que oferecemos ao leitor da Modernos & Contemporâneos o presente dossiê.
Boa leitura!
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Filosofias orientais e Direitos Humanos
v. 7 n. 17 (2023)Este número traz o Dossiê Filosofias orientais e Direitos Humanos, com textos apresentados no IX Colóquio Internacional de Filosofia Oriental da Unicamp: Direitos Humanos em perspectivas não ocidentais, que ocorreu no Auditório Zeferino Vaz do Instituto de Economia da Unicamp, nos dias 13 e 14 de novembro de 2023. Nem todas apresentações do Colóquio estão presentes neste número e alguns textos não apresentados no colóquio, mas que dialogam com o tema foram inseridos neste Dossiê.
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Dossiê Nietzsche e suas fontes
v. 8 n. 18 (2024)As fontes de Nietzsche foram o mote do IV Colóquio Nietzsche no Cerrado, realizado na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Goiás, nos dias 23 e 24 de novembro de 2023, de onde provêm os ensaios que compõem este dossiê. Na pesquisa Nietzsche do velho continente, deve-se creditar, elas remetem ao trabalho seminal de Montinari, encampado pela “escola italiana” de Campioni, Fornari e outros. Recentemente, ainda na Europa, ele foi reaquecido pela publicação dos Nietzsche-Kommentar (Walter de Gruyter). Entre nós, onde a pesquisa-Nietzsche segue as proporções e a variedade de um país continental, este debate também encontra o seu lugar, e estão conectadas neste dossiê por uma fonte comum, o trabalho e magistério de Oswaldo Giacoia, a quem o dedicamos neste presente ano por ocasião de sua septuagésima primavera.