Montaigne, os canibais e todos os outros do mundo

Montaigne, the cannibals and everyone else in the world

Autores

  • Maria Cristina Theobaldo Universidade Federal de Mato Grosso

Resumo

Parte significativa das análises do capítulo “Dos canibais”, Livro I dos
Ensaios, acertadamente destaca a singular abordagem de Montaigne sobre os
então recentes contatos do europeu com os nativos americanos. Considera-se a
perspectiva cética de Montaigne responsável por tal peculiaridade, cujo alvo final
diz menos respeito à descrição da vida dos indígenas e mais à reflexão moral que
tal modo de vida inspira, nisso se destacando: (1) as polarizações e inversões entre
os sentidos de selvagem e de bárbaro e o de europeu civilizado – quem, afinal, é o
bárbaro?; em seguida, (2) a maneira pela qual, no percurso dessas ressignificações,
se pode apreender a relação entre natureza e artifício; e (3), portanto, a percepção
da diversidade das culturas e os ajuizamentos sobre elas, isto é, a relevância “Dos
canibais” para o que hoje se denomina etnocentrismo.

Palavras-chave : Montaigne; canibais; moral; diversidade cultural.

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Publicado

2021-02-06

Como Citar

Cristina Theobaldo, M. (2021). Montaigne, os canibais e todos os outros do mundo: Montaigne, the cannibals and everyone else in the world. Modernos & Contemporâneos - International Journal of Philosophy [issn 2595-1211], 4(10). Recuperado de https://ojs.ifch.unicamp.br/index.php/modernoscontemporaneos/article/view/4364