A primazia da alma em Durandus de St. Pourçain

The primacy of the soul in Durandus de St. pourçain

Autores

  • Maria Clara Pereira e Silva Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a relação entre o corpo e a alma no processo de conhecimento humano segundo Durandus de St. Pourçain em In II Sent [A], dist. 3, q. 5 e In II Sent [C], dist. 3, q. 6. Com base no princípio de hierarquia ontológica, Durandus afirma que as capacidades corpóreas não podem operar sobre o ato do intelecto. Por isso, Durandus descarta a necessidade de espécies que informem o intelecto possível com a forma acidental presente no objeto sensível. Para ele, não há espécies subjetivamente recebidas no intelecto, pois o intelecto tem, por natureza, a capacidade de conhecer seu objeto. Os órgãos dos sentidos internos têm a capacidade de processar as afecções de modo a armazenar um conteúdo que seja um possível objeto da atenção intelectual, uma vez que a alma está unida ao corpo. Entretanto, a capacidade de atenção é uma capacidade intelectual e todo o processo intelectivo tem seu início apenas a partir desta operação da alma. Assim, a intelecção é compreendida como uma capacidade totalmente ativa. Neste sentido, argumento que presença objetiva e presença subjetiva são noções fundamentais para a constituição de sua teoria a respeito do conhecimento intelectual do sensível.

Palavras-chave: ato vital, conhecimento, presença objetiva, presença subjetiva, relação

Biografia do Autor

Maria Clara Pereira e Silva, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Doutoranda do Instituto de Filosofia de Ciências Humanas da UNICAMP.

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Publicado

2022-11-03

Como Citar

Clara Pereira e Silva, M. (2022). A primazia da alma em Durandus de St. Pourçain: The primacy of the soul in Durandus de St. pourçain. Modernos & Contemporâneos - International Journal of Philosophy [issn 2595-1211], 6(14), 89–104. Recuperado de https://ojs.ifch.unicamp.br/index.php/modernoscontemporaneos/article/view/4818

Edição

Seção

Dossiê