Desnudando a perversão
Abstract
Entre as publicações disponíveis no campo da psicanálise, há muito pouco escrito sobre o tema perversão. Escrever sobre isso é, sem dúvida, deparar-se com o questionamento feito por parte dos psicanalistas sobre a possibilidade de considerar a perversão enquanto estrutura, ao lado da neurose e da psicose e também com a afirmação de que os sujeitos perversos não vão à análise, ou se vão, não permanecem. Luis Izcovich não foge a essas questões, todo o contrário. Ele inicia seu livro justamente diferenciando a perversão enquanto estrutura da neurose, da psicose e do que se costuma chamar perversão generalizada. Advoga que o diagnóstico estrutural deve ser dado com base na relação frente a castração. Embora esse apontamento não pareça novo, afirmar isso implica consequências importantes na clínica psicanalítica e no diagnóstico estrutural. Ao pensar a relação do sujeito frente a castração, afastase o risco de traçar o diagnóstico pelas práticas sexuais.
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