A percepção do tempo
Resumo
Nos próximos dois capítulos, tratarei do que por vezes se denomina percepção interna, ou percepção do tempo e de eventos enquanto ocupantes de uma data no tempo [a date therein], especialmente quando essa data é passada, em cujo caso a percepção em questão recebe o nome de memória. Para lembrar-se de uma coisa como passada, é necessário que a noção de ‘passado’ seja uma de nossas ‘ideias’. Veremos no capítulo sobre a Memória que muitas coisas são pensadas por nós como passadas não devido a alguma qualidade intrínseca sua, mas antes porque são associadas a outras coisas que, para nós, significam pretericidade [pastness]. Mas como essas coisas adquirem sua pretericidade? Qual é a origem de nossa experiência
de pretericidade, a partir da qual obtemos o sentido do termo? É essa questão que se convida o leitor a considerar no presente capítulo. Veremos que temos um sentimento [feeling] constante, sui generis, de pretericidade, pelo qual cada uma de
nossas experiências acaba por vez capturada. Pensar em uma coisa como passada é pensá-la entre os objetos ou na direção dos objetos que, no momento presente, mostram-se afetados por essa qualidade. Essa é a origem de nossa noção do tempo
passado, na base da qual a memória e a história constroem seus sistemas. E neste capítulo consideraremos apenas esse sentido imediato de tempo.
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