Por que a Moralidade, e não a Força ou a Lei? Reflexões do confucionismo Pré-Qin sobre os princípios da vida e da governança
Why Morality, and not Force or Law? Reflections from Pre-Qin Confucianism on the Principles of Life and Governance
Resumo
Durante o período da Primavera e Outono e dos Reinos Combatentes, a relação entre moralidade, lei e força coercitiva tornou-se uma questão central na filosofia moral e política do confucionismo. Confúcio defendia que tanto a vida cotidiana quanto a governança política deveriam ser orientadas por princípios morais. Embora reconhecesse a função normativa da lei, ele ressaltava que sua aplicação deveria estar em conformidade com o caráter gerador e inclusivo da benevolência (ren, 仁), rejeitando o recurso a punições severas e repressivas. Mêncio, ao sustentar a tese da bondade inata da natureza humana, argumentava que, desde que as pessoas dispusessem de condições mínimas de vida, seriam naturalmente capazes de manifestar as virtudes de benevolência (ren, 仁), retidão/justiça (yi, 义), ritual (li, 礼) e sabedoria (zhi, 智) no cotidiano. Assim, em vez de recorrer à punição sancionadora, Mêncio enfatizava a importância de criar condições favoráveis à vida moral e política do povo, promovendo o exercício ativo de sua agência ética. Já Xunzi, ainda que herdando a ideia confuciana de que a moralidade está acima da lei e do poder, propôs um pensamento integrador no qual força e legislação são vistas como instrumentos auxiliares para a realização do ideal moral, construindo assim um sistema mais inclusivo e pragmático.
Palavras-chave: Confucionismo Pré-Qin; Prática Moral; Governança Política; Normas da Vida Cotidiana.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Wang Zheng

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Política para Periódicos de Acesso Livre
Aos autores(as) que tencionam submeter suas obras e publicá-las na revista Modernos & Contemporâneos, não será, sob hipótese alguma, cobrado qualquer tipo de taxas, sendo tais procedimentos inteiramente gratuitos.
Autores(as) que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Todas as obras publicadas na Modernos & Contemporâneos [ issn 2595-1211 ] encontram-se licenciadas com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
b)Autores(as) têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c)Autores(as) têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre)
