Traduções dos Analectos e a Alteridade Chinesa: Entre Evangelização, Modernismo e Pluralismo
Translating The Analects and Chinese Otherness: Between Evangelization, Modernism, and Pluralism
Resumo
Este artigo analisa comparativamente as traduções inglesas modernas dos Analectos de Confúcio, com ênfase nas versões de James Legge, Ezra Pound e Arthur Waley. Através da leitura crítica de passagens que envolvem conceitos centrais como ren (仁), li (礼) e dao (道), investiga-se como diferentes estratégias tradutórias revelam modos diversos de recepção e construção do pensamento confuciano no Ocidente. Partindo da hipótese de que traduzir os Analectos é também um ato epistemológico, o artigo propõe uma leitura crítica à luz das “três perspectivas do mundo sobre os caracteres chineses” formuladas por He Jiuying. O estudo demonstra que cada versão analisada atua como reflexo de um posicionamento cultural diante da alteridade chinesa — ora domesticando-a conforme categorias ocidentais, ora convertendo-a em símbolo de resistência estética, ora reconhecendo sua complexidade histórica e filosófica. Destaca-se, por fim, o papel do tradutor como mediador intercultural e a necessidade de abordagens que respeitem a polifonia, a opacidade e a autoria difusa dos textos clássicos chineses.
Palavras-chave: Confúcio; Os Analectos; tradução; ren; dao; epistemologia da tradução
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