China como utopia? A imagem de Leibniz sobre a China entre Utopia e Realpolitik
Abstract
Na filosofia de Leibniz, a China, como uma “Anti-Europa”, representa uma utopia prá-tica, removida da patologia estéril do conceito puramente fictício de utopia rejeitado por Leibniz.Enquanto contra projeto frente ao modelo de soberania europeu, o império chinês aponta, coma sua exemplar soberania dos filósofos, para a tradição do republicanismo platônico, tal como elafora renovada na Europa pelo platonismo renascentista. Seguindo Ficino, Bacon e Vossius, Leibnizinterpreta o confucionismo como uma teologia natural na qual a utopia neoplatônica da sabedoriaintersecta com a arte prática de governas e com a ciência moderna. Enquanto a cultura escritafilosófica da China forneceria uma chave para a reconstrução da antiga linguagem universal e daordem política que se basearia nela, a ciência matemática cultivada especialmente na Europa poderia, em conexão com a doutrina da revelação, contribuir para uma síntese cultural que incluiriauma ordem da ciência e da paz.Downloads
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