Des façons de penser les « marges » à propos de l’obligation d’instruire et d’éduq
Around the compulsory education Law in France: Thinking of ‘margins’
Abstract
Traitant de la question de l’obligation d’instruction en France, cette contribution s’intéresse à la notion de marge sous un double aspect : dessiner volontairement une marge en vue de mieux légitimer le plein-texte d’une loi (point de vue du législateur originaire) ; se mettre en marge radicale de la loi (point de vue de parents contemporains, refusant l’instruction obligatoire, et jusqu’à l’éducation même). L’enjeu commun aux deux parties qui composent cette contribution touche à la conception de la liberté, en se focalisant sur le débat entre libertés positives et libertés négatives. Dans un premier temps, sont examinés les fondements philosophiques des liens établis entre régime républicain démocratique, école, obligation scolaire et la manière dont les initiateurs politiques de la loi d’obligation ont pensé rendre possible la conciliation entre contrainte publique et libéralisme plus ou moins avéré, conduisant à l’idée de « synthèse républicaine ». Dans un deuxième temps, sont interrogées les raisons du refus de cette synthèse républicaine par des parents aujourd’hui dits unschoolers, et sont analysées leurs justifications politiques et philosophiques, référées à certaines visions nouvelles de l’enfance dans la pensée postmoderne d’une part, à certaines conceptions anti-Etat d’autre part.
Mots-clés: Ecole républicaine française, Obligation scolaire, Libertés positives et négatives, ‘Unschoolers’, Enfance.
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