Le Brésil de Montaigne : une destination philosophique

The Brazil of Montaigne : a philosophical destination

Autores

  • Jean-François Dupeyron Université Bordeaux Montaigne

Resumo

La renommée des essais amérindiens, particulièrement du chapitre « Des
Cannibales », semble reposer paradoxalement sur deux étranges objets philosophiques
– un savoir ignorant et un voyage sans déplacement – puisque Montaigne, non
seulement n’eut jamais l’idée folle de voyager jusqu’au Nouveau Monde, mais encore
ne disposait guère d’informations fiables sur la société tupinamba. Cet article
examine ces deux objets et relève au passage quelques surprises quant à l’artefact
du voyage humaniste, au sens d’une ignorance qui se connaît, et à la place des savoirs
d’imagination dans la construction de l’étincelante puissance philosophique du
positionnement perspectiviste de l’auteur des Essais. Le Brésil de Montaigne fut
donc une belle destination philosophique.

Mots-clés : Voyage ; Imagination ; Ignorance ; Savoirs

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Publicado

2021-02-06

Como Citar

Dupeyron, J.-F. (2021). Le Brésil de Montaigne : une destination philosophique: The Brazil of Montaigne : a philosophical destination. Modernos & Contemporâneos - International Journal of Philosophy [issn 2595-1211], 4(10). Recuperado de https://ojs.ifch.unicamp.br/index.php/modernoscontemporaneos/article/view/4365

Edição

v. 4 n. 10 (2020): Montaigne. Ensaios sobre o Novo Mundo (vol.1); Montaigne. Essays on the New World (vol. 1)

Seção

Dossiê

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