Leibniz: A Teologia natural dos Chineses no âmbito da Filosofia perene
Abstract
Leibniz postula a existência de uma Filosofia Natural na Europa, bem como na China, isto,como qualquer ciência, exibindo um lado prático e teórico. Ele está convencido de que os europeuspodem aprender com a ciência prática dos chineses, como estes da ciência teórica européia. Leibnizidentifica essa ciência teórica com a metafísica aristotélica, que ele considera não ser mais do queum prelúdio para seu próprio grande projeto de scientia generalis. Pela ciência prática que eleatribui aos chineses, por outro lado, Leibniz entende suas invenções técnicas e realizações culturais,em particular os personagens chineses e a história antiga, como transmitidos nos clássicos chineses.A limitação da tese de Leibniz sobre uma teologia natural existente na China, no entanto, torna-separticularmente evidente na interpretação da história intelectual chinesa, pois não deve meramentedesconto os livros sagrados chineses, mas sim confirmá-los. Duas obras de missionários jesuítasque diferem fundamentalmente na interpretação dos clássicos chineses tornaram-se importantespara Leibniz: o primeiro assumindo a existência da teologia natural no pensamento do antigo,mas não o chinês moderno, o outro afirmando tanto o antigo como o antigo chinês moderno, paraserem ateus. Para Leibniz, uma solução desta severa contradição é concebível apenas de acordocom a Filosofia Perene da Antiguidade tardia, que ensinou, por exemplo, que a humanidade possuium conhecimento nativo de Deus e Sua Criação, a que os mais antigos filósofos testemunham.A filosofia perene „especial“ de Leibniz caracteriza-se, entre outras características, considerando atradição chinesa, não só a partir de um ponto de vista monoteísta, mas também no que diz respeitoao progresso de todas as ciências. Por isso, Leibniz pode conceber a Fuxi - de acordo com a tradiçãochinesa, o filósofo mais antigo - como tendo elaborado por seus 64 hexagramas, um „Díade chinês“sendo verdade (como a própria invenção de Leibniz), uma analogia com a Criação.Downloads
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