"Des Cannibales": presencia del otro y formación de sí
"Des Cannibales": presence of the other and formation of oneself
Resumo
Este artículo analiza el capítulo “Des cannibales” (Essais, I, 31) a
partir de dos presupuestos metodológicos. El primero es que cada capítulo de los
Essais es un episodio del proyecto de pintura de sí. El segundo, que cada capítulo
debe ser leído teniendo en cuenta los inmediatamente anteriores, que sirven de
preparación para su lectura. Estos dos supuestos de lectura permiten que emerjan
dos cuestiones: la de cómo conseguir la naturalización del hombre y de la sociedad,
a través del arte; y la del papel que juega “el otro” en ese proceso. Ambas cuestiones
se aplican tanto al proyecto individual de la pintura de sí como al problema de
la organización social, en la que juega un papel importante para la reflexión el
Discours sur la servitude volontaire de La Boétie, protagonista elíptico del capítulo,
en la medida que coloca la cuestión del reconocimiento como clave para reflexionar
sobre la sociedad en la que se lleva a cabo el proceso de formación individual.
Palabras-clave : Montaigne, “Des Cannibales”, La Boétie, formación de sí,
reconocimiento del otro
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