As Passagens, de Walter Benjamin – um dispositivo de pesquisas sobre as metrópoles
Resumo
Este artigo foi escrito em 2005, depois de um simpósio realizado em junho daquele ano, em Paris, com o título “Walter Benjamin: topografias da memória”. Naquele evento, achei particularmente relevantes os seguintes enfoques de pesquisa, apresentados por três colegas: “O que é a Obra das Passagens?” (Burkhardt Lindner); “Qual é a relação do livro de Benjamin sobre Baudelaire com a Obra das Passagens?” (Clemens Haerle); e “O que significa a escrita de Benjamin em forma de um amontoado de fichas?” (Erdmut Wizisla). Destas perguntas trata também este ensaio, que visa mostrar, de modo sintético, em que consiste a contribuição metodológica do Trabalho das Passagens para a historiografia.