O discurso da modernidade refratada
Presente e periferia em Paulo Arantes
Palavras-chave:
Experiência intelectual, Dialética, Revolução, Modernização capitalistaResumo
Nesse artigo, pretendemos discutir a leitura de Paulo Arantes a respeito da Dialética de Hegel sob o pano de fundo da modernização capitalista alemã, seguindo seu livro Ressentimento da dialética. Para isso, partiremos de algumas considerações de Habermas sobre o “discurso filosófico da modernidade” e sua crítica a Hegel, com as quais será confrontada a noção de “experiência intelectual” de Arantes. Tentaremos mostrar como o autor recorre aos problemas da inserção periférica da Alemanha para compreender como se deu a recepção histórica da Revolução Francesa na intelligentsia alemã. Assim, Hegel é abordado como aquele que combinou uma “dialética negativa” com a “Dialética superior do Conceito”. Em seguida, discutiremos alguns aspectos da contribuição crítica de Roberto Schwarz para que Arantes pudesse pensar a produção de ideias na periferia do capitalismo através da noção de “desenvolvimento desigual e combinado” e suas consequências para o testemunho hegeliano do tempo da modernização.
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