Myth and revolt
Breaking with "normal time"?
Palavras-chave:
Temporalidade, Revolta, Mito, Furio Jesi, SpartakusResumo
A qualidade normativa da temporalidade tem sido amplamente reconhecida por pesquisadores. Na modernidade capitalista, a revolução pode, em certo sentido, ser entendida como uma revolta contra o próprio tempo. Como escreve Walter Benjamin nas Teses sobre o Conceito de História (1940), os revolucionários fazem o “continuum da história explodir”. Quase trinta anos depois, na esteira do Maio de 1968, o autor italiano Furio Jesi revisita essa questão. Em Spartakus: A Simbologia da Revolta, ele distingue revolução e revolta com base em suas diferentes experiências do tempo. Enquanto a revolução permanece enraizada no tempo histórico, a revolta é definida como sua “suspensão”. Analisando a revolta espartaquista de 1919 “a partir de dentro”, Jesi a interpreta como uma “epifania do mito” que perturba o “tempo normal”, o tempo da normalidade. Mas a revolta realmente transcende as normas da sociedade burguesa? Sua suspensão do tempo cria uma nova forma de normatividade ou é apenas uma ruptura temporária que, em última instância, reforça o tempo capitalista? Como a experiência singular do mito na revolta pode evitar o risco de sua própria mitificação? A análise de Jesi em Spartakus, recentemente traduzida para múltiplos idiomas, oferece reflexões cruciais sobre a natureza ambivalente da revolta, para além de sua celebração ou condenação.
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