Pensamento crítico e subversão onto-epistêmica
Propondo um diálogo entre Butler e Quijano
Palavras-chave:
onto-epistemologia, Butler, Quijano, colonialidade, vulnerabilidadeResumo
O artigo apresenta algumas considerações acerca dos fundamentos epistemológicos das perspectivas teóricas de Judith Butler e Aníbal Quijano, buscando pontos de diálogo que nos permitam pensar em subsídios para o pensamento crítico em tempos nos quais se alardeia o esgotamento do marxismo e da democracia liberal. A partir de uma análise bibliográfica, tenta-se articular os conceitos de colonialidade, elaborado por Quijano, e vulnerabilidade, desenvolvido por Butler, traçando parte do caminho trilhado por ambos ao propor a subversão onto-epistêmica das categorias de pensamento que nos precedem e que delimitam as fronteiras do pensável e do humano. A despeito de se tratar de autores que estruturam suas abordagens a partir de lugares distintos, o texto arrisca a abertura de uma conversação entre ambos, na esperança de que uma interação assim constituída contribua para a expansão do pensamento crítico, cujo mote deve ser o compromisso com a construção de condições que possibilitem o florescimento de todas as formas de viver e de existir.