Estilo, discurso, poder
arquitetura neocolonial no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.53000/hs.v5i6.179Palavras-chave:
Política, História do Brasil, Cultura , Arquitetura, Arte, Educação, Modernismo, Racismo, NacionalismoResumo
Neste artigo as reflexões sobre o neocolonial, estilo arquitetônico que ganhou proeminência no Brasil durante as décadas de 1920 e 1930, mas que posteriormente recebeu pouca atenção dos historiadores da arte, estão focadas particularmente sobre algumas discussões de ordem política em torno do caráter da nação brasileira. Os criadores e adeptos do neocolonial apontavam a produção arquitetônica como instrumento privilegiado de intervenção na ordem social. Tal crença foi partilhada por profissionais de diferentes posições políticas e concepções ideológicas. Esse ponto de vista está presente na polêmica entre modernistas e defensores do neocolonial, e a rivalidade se estendeu à disputa pela direção das ações governamentais destinadas a proteger o patrimônio artístico do país, e se transformou numa disputa em que o neocolonial assumiu cores preponderantemente conservadoras e racistas.
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