Escolas e missões religiosas na reserva indígena de Dourados/MS (1940 – 1970)
reflexões sobre a noção de pessoa dos Kaiowá Guarani e Guarani Ñandeva
DOI:
https://doi.org/10.53000/hs.v17i25.1843Palavras-chave:
Escolas, Kaiowá, Guarani e Terena, Noção de pessoaResumo
Nestas notas de pesquisa, faço um breve histórico do processo de escolarização na reserva indígena de Dourados/MS, durante o período entre 1940 e 1970. Associo esse processo às relações dos Kaiowá e dos Ñandeva com a alteridade, a partir de reflexões sobre a noção de pessoa dos Kaiowá Guarani e dos Guarani Ñandeva. Utilizo o modelo de Eduardo Viveiros de Castro (1984) sobre a “abertura para o Outro” na constituição da pessoa dos povos Tupi-Guarani. Partindo desse modelo, busco compreender as motivações que levaram os Kaiowá Guarani e Guarani Ñandeva da reserva de Dourados a incorporar o modelo educativo da sociedade nacional da agência indigenista Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e da escola da Missão Evangélica Caiuá (MEC) em sua vida cotidiana, no período entre 1940 e 1970, assim como perceber as suas consequências indesejáveis.
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