Povos indígenas, escolas e histórias

uma abertura para a interculturalidade

Autores

  • Juliana Schneider Medeiros Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Claudia Pereira Antunes

DOI:

https://doi.org/10.53000/hs.n25.1844

Palavras-chave:

Povos indígenas, Interculturalidade, Lei 11.645/2008

Resumo

O texto discute a Lei 11.645/2008, que estabelece a obrigatoriedade do estudo da história e cultura indígenas, como uma possibilidade de interculturalidade nas escolas não indígenas. Os povos indígenas vivem entre dois mundos, e a escola ocupa um espaço particular nessas relações interculturais. Apresentamos experiências de uma escola Kaingang, principalmente, a partir dos conflitos relativos ao ensino de histórias Kaingang dentro da escola. Essas experiências podem servir de inspiração para que a escola não indígena estabeleça relações de diálogo com os povos indígenas, de modo a incluir conteúdos relativos a essa temática na sala de aula.

Biografia do Autor

Juliana Schneider Medeiros, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutorado em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora de História em uma escola indígena da rede estadual do Rio Grande do Sul.

Claudia Pereira Antunes

Mestrado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Membro do Grupo de Trabalho Interinstitucional GT 26-A.

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Publicado

09-02-2015

Como Citar

Medeiros, J. S., & Antunes, C. P. . (2015). Povos indígenas, escolas e histórias: uma abertura para a interculturalidade. História Social, (25), 225–246. https://doi.org/10.53000/hs.n25.1844