Imprensa na história, histórias na imprensa
DOI:
https://doi.org/10.53000/hs.v19i27/28.5379Palavras-chave:
Imprensa, Jornais, RevistasResumo
A partir da década de 1810, com a introdução do prelo Stanhope, o primeiro fabricado inteiramente em ferro e responsável por praticamente duplicar a capacidade de impressão dos jornais, desenhou-se o cenário que, ao longo do século XIX e início do XX, culminaria no que alguns estudiosos franceses definiram de modo certeiro como uma “civilização do jornal”. Essa transformação foi impulsionada por uma inédita revolução midiática, que promoveu a disseminação massiva de jornais e revistas, cobrindo os mais diversos temas e assumindo múltiplos formatos, alcançando leitores e leitoras em todas as partes do mundo. Com efeito, a imprensa ultrapassou o papel de mera testemunha dos acontecimentos para tornar-se uma força nas transformações históricas, permeando praticamente todas as esferas da existência.
Referências
BASILE, Marcello Otávio. A politização nas ruas: projetos de Brasil e ação política nos tempos de Regências. Brasília: Senado Federal, 2022.
BASILE, Marcello Otávio. Projetos Políticos e Nações Imaginadas na Imprensa da Corte (1831-1837). In: DUTRA, Eliana de Freitas, MOLLIER, Jean-Yves (Orgs.). Política, nação e edição: o lugar dos impressos na construção da vida política. Brasil, Europa e Américas nos séculos XVIII-XIX. São Paulo, Annablume, 2006
CHALHOUB, Sidney; NEVES, Margarida de Souza; PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda (org.). História em cousas miúdas: capítulos de história social da crônica no Brasil. Campinas: Editora Unicamp, 2005.
GODOI, Rodrigo Camargo. Autoria e responsabilidade jurídica na imprensa brasileira do século XIX. Remate de Males (Online), v. 43, p. 1-27, 2023.
GODOI, Rodrigo Camargo. Crimes de imprensa nos tribunais paulistas, 1859-1935. Varia Historia, v. 37, p. 155-184, 2021.
GRANJA, Lúcia. Machado de Assis: antes do livro, o jornal. Suporte, mídia e ficção. São Paulo: Editora da UNESP, 2018.
GRANJA, Lúcia. Machado de Assis, escritor em formação: à roda dos jornais. Campinas; São Paulo: Mercado de Letras; FAPESP, 2000.
GUIMARÃES, Valéria dos Santos. A imprensa francófona no Brasil: circulação transnacional e cultura midiática nos séculos XIX e XX. História (São Paulo), v. 38, p. 1-23, 2019.
KALIFA, Dominique; RÉGNIER, Philippe; THÉRENTY, Marie-Ève; VAILLANT, Alain (Dir.). La civilisation du journal: histoire culturelle et littéraire de la presse française au XIXe siècle. Paris: Nouveau Monde, 2011.
KRAAY, Hendrik; CASTILHO, Celso Thomas; CRIBELLI, Teresa. Introduction: From Colonial Gazettes to the "Largest Circulation in South America". In: KRAAY, Hendrik; CRIBELLI, Teresa; CASTILHO, Celso Thomas (Ed.). Press, Power, and Culture in Imperial Brazil. Albuquerque: University of New Mexico Press, 2021, p. 23-24.
LUCA, Tania Regina de. Escrita da história e impressos periódicos: do analógico ao digital. Anais do XXVII Encontro Estadual de História da ANPUH/SP, Campinas, Unicamp, 2024. Disponível em: https://www.encontro2024.sp.anpuh.org/simposio/view?ID_SIMPOSIO=150. Acesso em: 04 abr. 2025.
LUSTOSA, Isabel. Insultos Impressos: A Guerra dos Jornalistas na Independência. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
MOREL, Marco. As transformações dos espaços públicos: imprensa, atores políticos e sociabilidades na Cidade Imperial (1820-1840). São Paulo: Hucitec, 2005.
NERY, Gabriela. Trabalhadores do jornal: organização e proletarização de repórteres e jornalistas no Rio de Janeiro, c.1870-1920. 2024. Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2024.
NEVES, Lúcia Maria Bastos Pereira das. Corcundas e constitucionais: a cultura política da Independência (1820-1822). Rio de Janeiro: Revan / Faperj, 2003.
RIBEIRO, Cristiane de Paula. Mulheres de pince-nez: imprensa feminina e o surgimento das jornalistas no Rio de Janeiro, 1852-1892. 2024. Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 História Social

Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.