Amy Allen e o Empoderamento do Mundo da Vida
Abstract
Em seu livro The Politics of Our Selves, Amy Allen busca investigar na obra de Habermas vestígios de diferentes modos de inscrição do poder na reprodução simbólica do mundo da vida, combatendo uma interpretação preponderante que reduz a crítica do poder em Habermas à tese da “colonização sistêmica”. Allen julga possível identificar na obra do autor componentes teóricos favoráveis a uma crítica do poder complexa e diversificada, a qual seria capaz de torná-la, ao menos em princípio, mais apta à crítica da subordinação de gênero. Entretanto, em face de sua incompatibilidade com outros componentes teóricos privilegiados pelo autor, especialmente sua concepção reflexiva de autonomia, uma tal crítica do poder teria sido integralmente abandonada por Habermas em sua obra tardia. O presente texto busca analisar esse percurso operado por Amy Allen, avaliando suas críticas e contribuições originais.
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