Confeccionando ficções criminais

os arquivos e a literatura de crime

Autores

  • Ana Gomes Porto

DOI:

https://doi.org/10.53000/hs.n22/23.1206

Palavras-chave:

Literatura de crime, Literatura e história, Crime, Romance policial

Resumo

Este artigo investigará questões referentes à pesquisa de fontes literárias no que concerne à literatura de crime no Brasil a partir da década de 1870, quando circularam os primeiros livros de crime de forma massificada. Serão avaliados métodos de pesquisa e as formas de compreensão desta literatura. Pretende-se traçar um panorama do trabalho do historiador com fontes literárias relativas às obras que circulavam e faziam sucesso e não ao cânone estabelecido pela história literária.

Referências

ABREU, Márcia (org.).Leitura, história e história da leitura . Campinas, SP: Mercado de Letras, FAPESP, 1999.

Almanaque Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (1844-1889) . Rio deJaneiro, Laemmert & C., 1888.Obra digitalizada, disponível em: http://www.crl.edu/content/almanak2.htm.

BONNIOT, Roger. Émile Gaboriau ou la naissance du roman policier. Paris: Librairie Philosophique J. Vrin, 1985.

BROCA, Brito.Naturalistas, parnasianos e decadistas: vida literária do realismo ao pré-modernismo. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1991.

CHARTIER Roger. “Do livroà leitura”. In:Práticas da leitura . SãoPaulo: Estação liberdade, 2001.

DARNTON, Robert. “Oque é a história dos livros?”. In: O Beijo de Lamourette.Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

Edição e sedição: o universo da literatura clandestina no século XVIII . São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Os best-sellers proibidos da França pré-revolucionária. SãoPaulo: Companhia das Letras, 1998.

DUBOIS, Jacques. “Naissance du récit policier”.Actes de la recherche en Science sociales, Volume 60, novembre 1985, pp. 47-55. Disponível em: http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/arss_0335-5322_1985_num_60_1_2287.

EL FAR, Alessandra. Páginas de sensação. Literatura popular e pornográfica no Rio de Janeiro (1970-1924). São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

HALLEWELL. O livro no Brasil (sua história). São Paulo: T. A. Queiroz, Editor, Editora da Universidade de São Paulo, 1985.

KALIFA, Dominique. Crime et culture au XIXe siècle. Paris: Perrin, 2005.

KALIFA, Dominique.L’Encre et le sang. Récits de crime et société à la Belle Époque. Paris: Librairie Arthème Fayard, 1995.

MEYER, Malyse. Folhetim. Uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

MOLLIER, Jean-Yves “L’Emergence de la culture de masse dans le monde”. In: MOLLIER, Jean-Yes; SIRINELLI, Jean-François e VALLOTTON, François. Culture de masse et culture médiathique en Europe et dans les Amériques. 1860-1940. Paris: Presses Universitaires de France, 2006.

MORETTI, Franco. “The slaughterhouse of literature”.Modern Language Quarterly, University of Washington, Volume 61, Number 1, pp. 207-227.

MORETTI, Franco. A literatura vista de longe. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2008.

ROLLAND, DENIS. “Brésil: une culture de masse tardive, liée à l’oralité et au changement de referent extérieurs”. In: MOLLIER, Jean-Yes; SIRINELLI, Jean-François e VALLOTTON, François.Culture de masse et culture médiathique en Europe et dansles Amériques. 1860-1940. Paris:Presses Universitaires de France, 2006.

SHAPOCHNIK, Nelson. Os jardins das delícias: gabinetesliterários, bibliotecas e figurações da leitura na Corte imperial Tese de Doutorado em História, USP, 1999.

THOMAS, Ronald R. “Detection in the Victorian novel”. In: DAVID, Deirdre. The Cambridge Companion to The Victorian Novel. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.

VITORINO, Artur José Renda.Máquinas e operários. Mudança técnica e sindicalismo gráfico (São Paulo e Rio de Janeiro, 1858-1912).

São Paulo: Annablume, FAPESP, 2000.

WATT, Ian. A ascensão do romance. Estudos sobre Defoe, Richardson e Fielding. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

Downloads

Publicado

02-07-2013

Como Citar

Gomes Porto, A. (2013). Confeccionando ficções criminais: os arquivos e a literatura de crime. História Social, (22/23), 143–163. https://doi.org/10.53000/hs.n22/23.1206