Dissensos em torno da modernização planejada para o Brasil
intelectuais, política e questão racial no corpus da revista Anhembi (1950-1962)
DOI:
https://doi.org/10.53000/hs.v14i19.320Palavras-chave:
Tradições intelectuais , Modernização, RacismoResumo
O artigo examina os dissensos originados pelo embate acadêmico entre a nova tradição da sociologia científica, centralizada na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, e a primeira tradição histórico-sociológica representada por Gilberto Freyre. A revista Anhembi revelou-se fonte privilegiada para o estudo das distintas concepções porque, além de ter adquirido importância por sua
visibilidade no meio intelectual dos anos 50, publicava artigos que abordavam questões críticas tanto para a metodologia científica quanto para a ordem social vigente no momento. Os ideais de modernidade em forte oposição à cultura do patriarcalismo, o ciclo do nacional-desenvolvimentismo em plena execução e a feição dúbia das práticas racistas desembocaram numa arena de debate diretamente manifesta no corpus de Anhembi.
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