A luta pela preservação dos documentos judiciais

a trajetória do combate à destruição das fontes a partir da Constituição de 1988

Autores

  • Magda Barros Biavaschi Universidade Estadual de Campinas
  • Alisson Droppa Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.53000/hs.v15i21.913

Palavras-chave:

Poder judiciário, Documentos, Preservação, Fontes, História social

Resumo

O artigo visa a sistematizar o movimento de conscientização da necessidade de serem preservadas as fontes produzidas pelo Poder Judiciário brasileiro, num processo com avanços e recuos e que vem de longa data, contando com o aval de respeitados pesquisadores. Na perspectiva adotada pelo texto, com respaldo em estudos acadêmicos e nas Resoluções aprovadas nos Encontros Nacionais da Memória da Justiça do Trabalho, os processos judiciais, além de fontes para construção da história social brasileira, também contemplam provas a serem utilizadas em outros pleitos, como o tempo de trabalho para fins de aposentadoria e em condições especiais, e sua preservação, portanto, se insere na luta pela concretização do Direito Constitucional do amplo acesso ao judiciário, à prova, à informação, à história.

Biografia do Autor

Magda Barros Biavaschi, Universidade Estadual de Campinas

Doutorado da Universidade Estadual de Campinas. Desembargadora aposentada do TRT4.

Alisson Droppa, Universidade Estadual de Campinas

Pós-doutorado do Centro de Innovación de los Trabajadores. 

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Publicado

11-01-2013

Como Citar

Barros Biavaschi, M., & Droppa, A. (2013). A luta pela preservação dos documentos judiciais: a trajetória do combate à destruição das fontes a partir da Constituição de 1988. História Social, 15(21), 93–118. https://doi.org/10.53000/hs.v15i21.913