A resistência do peregrino João Luiz Pozzobon

Autores

  • Marta Rosa Borin Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.53000/hs.v6i7.488

Palavras-chave:

Religiosidade popular, Religião oficial

Resumo

A partir da segunda metade do século XX, um pai de família com pouca instrução, chamado João Luiz Pozzobon, estimula a permanência das devoções populares do cristianismo praticadas no final do século XIX. Esse homem leigo mas extremamente devoto torna-se então um peregrino com a imagem de Nossa Senhora, sendo perseguido pela hierarquia da Igreja católica, principalmente na localidade onde viveu, no Rio Grande do Sul, sob o pretexto de pertencer a um movimento religioso fundado pelo Pe. José Kentenich. Este padre, sobrevivente do campo de concentração de Dachau, havia sido condenado ao exílio pelo Vaticano, após a Segunda Guerra Mundial, pois a Igreja não concordava com suas idéias, que acabaram chegando também à América Latina. A tese é que a perseguição a João Luiz Pozzobon está relacionada a antigos dogmas católicos e a algumas práticas religiosas que a Igreja, após o Concilio Vaticano II, queria esquecer, mas que o movimento de Schoenstatt insistia em manter vivos, motivando a comunidade local e regional.

Biografia do Autor

Marta Rosa Borin, Universidade Federal de Santa Maria

Doutorado em Estudos Históricos Latino-Americanos (Conceito 5) pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Brasil(2010)

Referências

BEOZZO, José Oscar.1990. “A Igreja entre a Revolução de 30, o Estado Novo e a redemocratização”. In: HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira, Economia e Cultura: Igreja, Educação e Cultura, vol. 11, tomo III. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

DREHER, Martin. 1999. A Igreja latino-americana no contexto mundial. São Leopoldo: Sinodal.

FERNANDÉZ. Pe. Rafael. 1998. O 31 de maio: uma missão para o nosso tempo. Trad. Terezinha Bolli Mota. Santa Maria: Pallotti.

GINZBURG, Carlo. 1987. O quei-jo e os vermes: o cotidiano e as idéias de um moleiro perseguido pela Inquisição. Trad. Betânia Amoroso. São Paulo: Companhia das Letras.

MAZZOLO, Maria. 1994. “EL estudio de la religiosidad popu-lar en latinoamérica y Europa: perspectivas recientes”. In: El estudio científico de la religión a fines del siglo XX. Buenos Aires: Centro Editor de América Latina, pp. 101-119.

MOURA, Sérgio Lobo. & ALMEIDA, José Maria Gouvea. 1990. “A Igreja na primeira República”. In: FAUSTO, Boris, História geral da civilização brasileira. O Brasil republicano: sociedades e instituições (1889-1930), cap. IX, tomo III. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

PIERUTTI, Antônio Flávio de Oliveira; SOUZA, Beatriz de & CAMARGO, Candido Procópio de. 1990. “A Igreja católica: 1945-1970”. In: HOLANDA, Sérgio Buarque de. História Geral da Civilização Brasileira, Economia e Cultura: Igreja, Educação e Cultura, vol. 11, tomo III. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

SCHENEIDER Ottomar & CATOGGIO, Juan. 1989. Documento de Concenso: a pessoa e a campanha do diácono João Luiz Pozzobon, Encontro Internacional, Santa Maria.

TREVISAN, Pe. Vitor. 1992. Movimento Apostólico de Schoenstatt: introdução histórica. Santa Maria: Pallotti, vol. 1 e 2.

Correspondências recebidas e ex-pedidas, Arquivo João Luiz Pozzobon, Santa Maria, RS.

Atas da Catedral Diocesana, Santa Maria, RS.

Downloads

Publicado

23-12-2010

Como Citar

Rosa Borin, M. (2010). A resistência do peregrino João Luiz Pozzobon. História Social, 6(7), 119–144. https://doi.org/10.53000/hs.v6i7.488