“Só os africanos é que compreende”:
a intelectualidade afro-nagô-sergipana de Umbelina Araujo
DOI:
https://doi.org/10.53000/hs.v20i00.5429Palavras-chave:
Umbelina Araujo, Intelectualidade afro-nagô-sergipana, Laranjeiras (Sergipe)Resumo
Este artigo tece discussões acerca de Umbelina Araujo, mais conhecida como “Mãe Bilina de Laranjeiras”, antiga mestra das taieiras de Laranjeiras e lôxa da Irmandade de Santa Bárbara Virgem, uma das comunidades nagô no território sergipano. Ao longo das páginas que se sucedem, podemos acompanhar como, por meio da sua oralidade, “Mãe Bilina” transmitiu sua intelectualidade, e a de sua comunidade, à academia e à sociedade sergipana, figurando como uma das principais fontes sobre a história e a cultura afrodiaspóricas em Sergipe, especialmente no que tange às identidades nagô.
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