“Só os africanos é que compreende”:

a intelectualidade afro-nagô-sergipana de Umbelina Araujo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53000/hs.v20i00.5429

Palavras-chave:

Umbelina Araujo, Intelectualidade afro-nagô-sergipana, Laranjeiras (Sergipe)

Resumo

Este artigo tece discussões acerca de Umbelina Araujo, mais conhecida como “Mãe Bilina de Laranjeiras”, antiga mestra das taieiras de Laranjeiras e lôxa da Irmandade de Santa Bárbara Virgem, uma das comunidades nagô no território sergipano. Ao longo das páginas que se sucedem, podemos acompanhar como, por meio da sua oralidade, “Mãe Bilina” transmitiu sua intelectualidade, e a de sua comunidade, à academia e à sociedade sergipana, figurando como uma das principais fontes sobre a história e a cultura afrodiaspóricas em Sergipe, especialmente no que tange às identidades nagô.

Biografia do Autor

Maria da Conceição Bezerra dos Santos Sobrinha, Universidade de Brasília

Doutorado em andamento no PPGHIS/UnB. Professora substituta de História no CODAP/UFS.

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Publicado

15-12-2025

Como Citar

Santos Sobrinha, M. da C. B. dos. (2025). “Só os africanos é que compreende”:: a intelectualidade afro-nagô-sergipana de Umbelina Araujo. História Social, 20(00), e025010. https://doi.org/10.53000/hs.v20i00.5429

Edição

Seção

Dossiê - Políticas afirmativas e a construção do conhecimento histórico