Um contexto, dois olhares: fotografias de natureza segundo José Juliani e Haruo Ohara
Resumo
Ao longo da década de 1930, a cidade de Londrina esteve em processo de construção material e simbólico. Nesse contexto fronteiriço, os fotógrafos José Juliani e Haruo Ohara representaram a natureza de modos estritamente diferentes, embora pertencessem ao mesmo espaço e tempo: o primeiro alimentando visões de grandiosidade, fertilidade e prosperidade inerentes à região, ressaltando, também, a questão do progresso e da civilização; o segundo, por sua vez, malgrado não prescindisse dos lugares-comuns relacionados à fertilidade, chamava a atenção, ao mesmo tempo, para as dificuldades e reveses dessa natureza pródiga, mas, concomitantemente, hostil. Ao longo da década de 1930, a cidade de Londrina esteve em processo de construção material e simbólico. Nesse contexto fronteiriço, os fotógrafos José Juliani e Haruo Ohara representaram a natureza de modos estritamente diferentes, embora pertencessem ao mesmo espaço e tempo: o primeiro alimentando visões de grandiosidade, fertilidade e prosperidade inerentes à região, ressaltando, também, a questão do progresso e da civilização; o segundo, por sua vez, malgrado não prescindisse dos lugares-comuns relacionados à fertilidade, chamava a atenção, ao mesmo tempo, para as dificuldades e reveses dessa natureza ródiga, mas, concomitantemente, hostil.