O movimento operário da construção civil santista durante a Primeira Guerra Mundial, 1914-1918
DOI:
https://doi.org/10.53000/hs.v3i3.88Palavras-chave:
Trabalhadores da contrução civil, Santos, Movimento operárioResumo
Os trabalhadores da construção civil destacaram-se durante a belle époque como um grupo chave na organização do movimento operário em cidades como Santos, Rio de Janeiro e São Paulo. Santos, na época o “porto do café”, caracterizavase como um lugar estratégico para a economia brasileira, elo sensível pelo qual esta ligava-se ao mercado internacional. O crescimento da cidade portuária e as obras do saneamento urbano foram responsáveis pela “febre das construções” do final do século ao início da Primeira Guerra Mundial. Estuda-se aqui as dificuldades que os trabalhadores da construção civil passaram a encontrar nos anos da guerra. Ao lado da escassez de trabalho e da perda de direitos conquistados nos anos anteriores, os operários do setor tiveram que lidar com uma nova política patronal, sob a liderança de Roberto Simonsen, engenheiro e diretor da Companhia Construtora de Santos, e de alguns outros grandes construtores, que buscaram redefinir as formas de enfrentamento com os trabalhadores e seus sindicatos. Os conflitos verificados nessa conjuntura ocorreram, fundamentalmente, em torno de dois elementos que estruturavam as bases do histórico poder de barganha da categoria: o controle do mercado de trabalho por meio de suas organizações e a sua relação com os mestres de obras e pequenos construtores da cidade.Referências
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